Brasília, sexta-feira, 27 de setembro de 2002. Os representantes dos candidatos à Presidência da República também falaram sobre política agrícola durante a exposição "Temática Nacional", realizada pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Apresentaram propostas para o setor, mas em alguns casos não apontaram como efetivamente promover as ações programadas. O representante de Anthony Garotinho, Marcos Abreu, destacou a proposta de melhorar as exportações agrícolas, onde o Brasil deve liberar o bloco da América do Sul para garantir maior competitividade internacional. Ele defendeu uma política de enfrentamento com a a produção, adotando todas as medidas necessárias em defesa da produção nacional, inclusive com subsídios específicos para a agricultura familiar com taxas de juros menores, mas garantiu que haverá respeito as regras do comércio internacional sem dar detalhes como será possível conciliar as duas ações.Luciano Zanota, representante do candidato Ciro Gomes, disse que o maior estímulo à agricultura será a redução da taxa de juros, no entanto não apontou como isto será feito. Ele disse que o crescimento econômico deve se dar com base na atividade produtiva e nas exportações. Representando Lula da Silva, o analista de sistemas Delman Ferreira garantiu a realização da reforma agrária como forma de aumentar a produção e reduzir a mazela da fome no País e até da violência urbana. Ele assegurou que a reforma agrária de Lula será feita com estrito respeito à Constituição, sem, no entanto, apontar as premissas do PT para a questão.A assessora de José Serra, Maria Amélia Sasaki, destacou a importância dos investimentos em Ciência e Tecnologia em todas as áreas do Governo, em especial na Agricultura como forma de promover a prática sustentável. Ela lembrou que o Brasil já avançou muito na área de biotecnologia e previu investimentos de 1 bilhão de reais em quatro anos para linhas de crédito para pesquisa e desenvolvimento. O candidato Serra ainda apresenta o projeto de criar cinco grandes parques tecnológicos no país. Roger Bittencourt - Fábrica de Comunicação