Crea-MS participa de movimento de discussão da nova norma do Programa Minha Casa Minha Vida

Quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011.

Na manhã desta quinta-feira (24), mais de 100  profissionais e empresários da construção civil participaram de uma manifestação, na Praça do Rádio, no centro de Campo Grande, para protestar contra a nova norma estabelecida pela Caixa Econômica Federal para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, que exige que os financiamentos sejam feitos somente em ruas com infraestrutura de asfalto e rede de esgoto.

O protesto contou com o apoio do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea-MS) e reuniu engenheiros civis, arquitetos, investidores, corretores de imóveis e trabalhadores da construção civil.

Os manifestantes garantem que a nova exigência da Caixa vai paralisar a construção de uma grande quantidade de casas que já estão fase de finalização, mas por estarem localizadas em bairros sem a infraestrutura que a Caixa solicita, não poderão ser financiadas. A nova medida deve diminuir o número de financiamentos, o que vai ocasionar uma queda na geração de empregos, enfraquecimento na venda de materiais de construção, além de impactos no setor imobiliário da capital. O grupo argumenta que o mutuário que procura ajuda do programa habitacional Minha Casa Minha Vida é porque possui uma renda menor, e que também não tem condições de adquirir uma residência em bairros com a infraestrutura de asfalto e rede de esgoto.

A arquiteta Susana Barizon afirma que vários de seus empreendimentos são atendidos pelo Programa. “Essa medida vai reduzir o número de construções não só em Campo Grande, mas no Brasil inteiro, diminuindo a oportunidade de o cidadão ter um local digno de moradia”, analisa Susana. Para ela, o setor que vinha num ritmo bom de crescimento vai ser paralisado.

Solução - A reclamação dos investidores é que a medida foi anunciada sem que houvesse tempo hábil para adaptações. Para eles, se a Caixa aumentar o prazo, e passar a aplicar a nova exigência em dois anos, poderá amenizar o impacto financeiro.

As manifestações vão continuar até que a Caixa reveja a decisão. Na segunda-feira (28), às 9 horas, na Câmara Municipal de Campo Grande, será realizada uma audiência pública sobre o tema, no Plenário Edroim Reverdito, localizada na Avenida Ricardo Brandão, nº 1.600, bairro Jatiuka Park.

Texto e foto: Michelle Araújo  
Assessoria de Comunicação do Crea-MS