Crea fará Audiência Pública para debater oleoduto da Petrobras

Rio de Janeiro, terça-feira, 17 de fevereiro de 2004. A validade técnica e econômica de construção do oleoduto de 713 quilômetros de extensão, cortando 19 municípios fluminenses, para escoar a produção petrolífera da Bacia de Campos para refinarias do Sudeste do país é o tema da Audiência Pública que o Crea promove, esta quarta-feira, dia 18, em seu Salão Nobre, à Rua Buenos Aires, 40, a partir das 14 horas.Deverão participar do encontro, além de integrantes da Comunidade Tecnológica - o Crea tem registrados mais de 170 mil profissionais de nível superior, tecnológico e técnico das áreas de Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geologia, Geografia, Meteorologia - dirigentes da Petrobrás e do Governo do Estado que vêm debatendo, publicamente, essa questão.A discussão está mobilizando a Comunidade Tecnológica, porque antes mesmo da realização da Audiência Pública, diversas manifestações vêm sendo feitas tanto pelo bloco liderado pela governadora Rosinha Garotinho, que inclusive publicou artigo na imprensa criticando a proposta da estatal, como do presidente da Petrobrás, defendendo sua construção e anunciando volume recorde de investimentos da empresa no estado. Ainda na empresa, o gerente de Engenharia para Projetos de Exploração e Produção da Petrobrás, Jorge Zelada, há dias detalhou esses investimentos compensatórios, no valor de R$ 15 milhões, e manifestou sua intenção de participar do debate: "Montamos um plano para agendar reuniões, divulgar o projeto e explicar direitinho os objetivos em apresentações para a Firjan e Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia", disse o executivo da estatal.Para o presidente do Crea, engenheiro Reynaldo Barros, o debate vai nortear a posição que a instituição vai assumir. "Queremos encontrar a melhor opção para o Brasil, para o Rio de Janeiro, para os engenheiros e demais profissionais que o Crea representa. Na Audiência Pública, vamos buscar um posicionamento democrático que reflita o sentimento da Comunidade Tecnológica", disse. Fernando Braga - Do Crea/RJ