Câmaras Especializadas de Engenharia Elétrica se reúnem em Brasília

 

Coordenador da CCEEE José Latrônico Filho e coordenador adjunto Rui Alves
Coordenador José Latrônico Filho e coordenador adjunto Rui Alves, da CCEEE: preocupações da área na terceira reunião do ano

Brasília, 28 de outubro de 2020.

Iniciada na manhã da 4ª feira, 28/10, a 3ª reunião nacional das Coordenadorias de Câmaras Especializadas de Engenharia Elétrica (CCEE), do Sistema Confea/Crea. A recente ação civil pública do Confea contra a resolução nº 74/2019 do Conselho Federal dos Técnicos Industriais - CFT também deverá integrar a pauta da reunião, que prossegue até sexta-feira.

Sob o comando de José Latrônico Filho (Crea-SC), coordenador titular, e de Rui Alves (Crea-SP), adjunto, ambos engenheiros eletricistas, os trabalhos foram realizados de modo presencial – com 22 participantes reunidos no plenário do Confea -, e remoto, com quatro coordenadores regionais. 

Entre os 18 itens de pauta, o que indica Ensino a Distância (EAD), para a formação de engenharia elétrica reteve a atenção dos coordenadores na maior parte da manhã.
Com opiniões contra e a favor sobre EAD/Engenharia Elétrica – uns defendem que as aulas de química e física  em laboratório tenham que se presenciais, e outros acreditam que de modo presencial ou EAD, se o formando estudar as mesmas cadeiras, com a atribuição tendo que ser dada igualmente - os participantes da reunião buscam atualizar, junto à Comissão de Ética e
Exercício Profissional (Ceep), um programa sobre o tema. 

Para Latrônico, ser contra o EAD/Engenharia Elétrica “é uma narrativa ultrapassada” e Rui destacou que “a pandemia tornou o EAD uma realidade”. Latrônico chamou a atenção para o fato de o formando recorrer à justiça que tem dado ganho de causa aos recém formados.
O coordenador e seu adjunto defendem que não deve ter um preconceito com a nova forma de ensino. 

Coordenadores da Elétrica receberam máscaras no início da reunião
Coordenadores da Elétrica receberam máscaras no início da reunião


Entre os cuidados para evitar transmissão do novo coronavuris, os participantes tiveram temperatura medida, receberam álcool em gel e máscaras - tiradas apenas para falar no microfone. As cadeiras obedeceram ao distanciamento.

Em entrevista, o coordenador José Latrônico Filho comentou, ainda em relação à pandemia de covid-19, que pretende solicitar que o plano de ação da coordenadoria seja revisto com previsão para sua conclusão em 2021. “Acredito que todas as coordenadorias foram prejudicadas em decorrência da pandemia”, aponta.

Resolução do CFT
Segundo Latrônico,  a ação civil pública do Confea contra a resolução nº 74/2019 do Conselho Federal dos Técnicos Industriais também deverá ser abordada durante a reunião. “Vamos informar oficialmente os colegas, inclusive colocando a possibilidade de entidades entrarem como Amicus Curie e de apresentar sugestões para aperfeiçoar esse procedimento legal”.

O engenheiro eletricista acrescenta que, desde 2018, os profissionais da área consideram necessária a reversão imediata da medida, que pode colocar em risco toda a sociedade. “Desde o segundo semestre de 2018, estamos lutando para reverter essa postura dos técnicos. Fizemos uma nota técnica robusta que abasteceu o jurídico do Confea. Os profissionais sem a devida formação colocam a sociedade em risco, como diante de grandes subestações sem projetos ou grandes usinas solares sem estabilidade do sistema, por exemplo”, informa.

Segundo o coordenador da CCEEE, tragédias provocadas por incêndios no Ninho do Urubu, na concentração do Flamengo, ou no Museu Nacional, também no Rio de Janeiro, “não seguiram os melhores procedimentos profissionais”.


Maria Helena de Carvalho e Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea

Fotos: Edinaldo Rufino/Confea