Câmara discute o agronegócio do caju

Brasília, quarta-feira, 26 de junho de 2002.


Paulo de Tarso Ferreira, engº agrônomo e presidente
"Paulo de Tarso Ferreira:presidente em exercício do Crea-CE
- Dalmi Rodrigues"
em exercício do Crea-CE, foi um dos expositores que ontem participou do Seminário de Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio Caju no Nordeste, promovido pelo Sindicaju (Sindicato dos Produtores de Caju do Ceará) e realizado no plenário 6 da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Ferreira, em sua explanação, defendeu a criação de mecanismos que superem os entraves burocráticos que dificultam o acesso de produtores aos recursos financeiros disponibilizados pelo governo, para empréstimos a serem aplicados na lavoura do caju.

Ao traçar um quadro da realidade tanto da produção quanto da comercialização do produto in natura e de seus derivados, Ferreira comemorou o fato de que no "Ceará conseguimos, praticamente, eliminar os atravessadores", porém lamentou que das 15 indústrias beneficadoras que existiam no início dos anos 90, somente oito continuam ativas.

Ao analisar a cajuicultura no Brasil, Ferreira lamentou a perda de mercado para outros centros podutores como a India, mas ressaltou que muitos dos problemas tecnológicos, de logística e de comercialização foram superados, "porém precisamos aumentar a capacidade produtiva e essa depende de apoio financeiro que não existe".

Ferreira, entre outros participantes como Antônio Arantes, da Câmara do Comércio Exterior e João Hudson Saraiva, presidente do Sindicaju cearense, falou para uma platéia formada por produtores, e parlamentares interessados no assunto.

Para o presidente em exercício do Confea, engº agrônomo Jaceguáy Barros, presente no seminário, "a cajuicultura precisa ser potencializada em função de sua importância para a economia da região nordestina e maior participação na balança comercial brasileira".

Maria Helena de Carvalho - Da equipe da ACS