Brasília, sexta-feira, 27 de setembro de 2002. Representantes dos candidatos à presidência da República debateram em Brasília as principais propostas de governo na "Exposição Temática Nacional",evento promovido pelo Confea e transmitido para todo o Brasil via internet e sistema de comunicação corporativo para 27 estados.As políticas agrícola, urbana e de infra-estrutura nortearam as discussões da "Exposição Temática Nacional", promovida dia 27/09 pelo Confea - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia entre os assessores dos principais candidatos à Presidência da República. Participaram do debate os representantes dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Serra (PSDB), Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS). Um dos principais assuntos tratados na apresentação do plano de governo de todos os candidatos foi a criação de empregos e geração de renda. Delman Ferreira, membro da equipe do Plano de Governo do candidato Luís Inácio Lula da Silva, destacou que a busca da melhoria da qualidade de vida desta e das futuras gerações está embasada em três pilares: inclusão social, justa distribuição de renda e desenvolvimento sustentável. "Nossa prioridade Zero é o Combate à Fome e ela passa basicamente por investimentos na área agrícola, tanto visando o incremento da agricultura familiar como o agronegócio voltado para a exportação". Os representantes do candidato José Serra, advogado Edson Ortega e a socióloga Maria Sasaki, também buscaram na agricultura a base para a geração de empregos. "Com o conjunto de medidas que adotaremos na agricultura, vamos gerar 3 milhões dos 8 milhões empregos durante o Governo José Serra", contabilizou Ortega. O advogado enfatizou ainda, que o programa do candidato do PSDB prevê ainda um investimento de 50 bilhões de reais somente na área de habitação, outro setor gerador de trabalho, além de R$ 500 milhões que serão destinados para regulamentar o Estatuto das Cidades nos municípios e promover um amplo programa de regularização fundiária.A geração de empregos e preservação dos postos de trabalho existentes foi o assunto explorado pelo representante do candidato Anthony Garotinho, engenheiro químico Marcos Abreu. Segundo o assessor, a estratégia é maximizar as oportunidades já existentes, tanto no setor energético quanto em outros setores que demandam investimentos e mão de obra, como a exploração e refinamento do Petróleo. "Não vamos promover privatizações nas geradoras estatais de energia e também queremos incrementar a produção do petróleo nacional", disse Abreu. O assessor acredita que da mesma forma que houve problemas no abastecimento de energia elétrica no ano passado, o Brasil está na iminência de uma crise de fornecimento de combustível. "A oportunidade está aí. Temos que aumentar a produção para evitar a crise, gerar emprego e diminuir a dependência externa", concluiu.O engenheiro Naval, Francisco Barreto, representante do candidato Ciro Gomes, destacou que independente de quem será o próximo presidente da República, algumas medidas emergenciais terão que ser tomadas para recuperar a capacidade estratégica do Estado. "Nós estamos de joelhos nas questões nacionais", denunciou Barreto justificando que não há soberania nacional quando não se tem domínio tecnológico e nem preocupação com o planejamento e a inovação tecnológica nacionais.O Confea transmitiu ao vivo a Exposição Temática para todo o Brasil, via Comunicação Corporativa do Sistema Confea/Crea, sendo que a participação de todos os representantes dos candidatos teve a ordem definida por sorteio. "A partir desse evento acreditamos ter podido contribuir com a democracia brasileira esclarecendo um pouco mais os profissionais do nosso sistema, a sociedade civil organizada, assim como os estudantes de universidades que tiveram acesso a este painel, a cerca dos principais pontos dos programas dos candidatos à presidência da República", concluiu o presidente do Confea, engenheiro civil Wilson Lang. Karen Verszbickas - Fábrica de Comunicação