Abepro promove 43º Encontro Nacional em Fortaleza até sexta-feira

Representante do Sistema Confea/Crea no evento, presidente do Crea-CE, eng. civ. Emanuel Mota, participou da abertura do Encontro Nacional da Engenharia de Produção, em Fortaleza
Representante do Sistema Confea/Crea no evento, presidente do Crea-CE, eng. civ. Emanuel Mota, participou da abertura do Encontro Nacional da Engenharia de Produção, em Fortaleza

Brasília, 19 de outubro de 2023.


Com palestrantes e painelistas nacionais e internacionais, grupos de trabalho, mesas-redondas, apresentações de artigos e minicursos, e o XLIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção (Enegep) teve início nesta terça-feira (17/10), no hotel Praia Centro, em Fortaleza. Durante quatro dias, profissionais, pesquisadores, professores e estudantes de todo o país participam, ao lado de “stakeholders” da Engenharia de Produção, do mais tradicional evento da área, patrocinado este ano pelo Confea com investimento de R$ 60 mil. 

Diretoria da Abepro
Diretoria da Abepro reunida em Fortaleza



Segundo o presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Produção (Abepro), eng. mec. Antonio Cezar Bornia, a programação valoriza a temática do evento: “A contribuição da engenharia de produção para o desenvolvimento sustentável das organizações: cadeias circulares, sustentabilidade e tecnologias”. 

“A sustentabilidade vem ganhando espaço em toda a sociedade, não só nas empresas, mas de modo geral em todas as ações governamentais, associando a questão ambiental à questão social e econômica”, disse Antonio Cezar Bornia. Ele cita a gestão de resíduos e a emissão de carbono como áreas de atuação desses profissionais “Na gestão de resíduos, ele trabalha para evitar desperdício e se preocupar com tipos de desgaste, trazendo resultados econômicos para a empresa. E também se preocupa com a redução da emissão de carbono.

Com muita diversificação, o evento promoverá ainda seis visitas técnicas a empresas até a próxima sexta-feira (20/10). “A parceria com o Confea foi importantíssima. O evento nasceu há 43 anos praticamente na academia, mas está também se posicionando para profissionais de empresas e do Sistema. E esse apoio do Confea é importante para avalizar o evento e nos ajuda a viabilizar a vinda desse processo”, diz, lembrando que a Abepro integra o Colégio de Entidades Nacionais (Cden).

 

Mesa de abertura do Engepro
Presidente da Abepro, eng. mec. Antonio Cezar Bornia, na mesa de abertura do Engepro




Em depoimento durante o evento, o presidente do Crea-CE, eng. civ. Emanuel Maia Mota, convidou os participantes a envolverem-se com o ambiente da Engenharia de Produção, avaliando também o estande do Confea. Ele compôs a mesa de abertura do Encontro, ao lado do presidente da Abepro e ainda do representante da reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), Breno Barros; do diretor do Centro de Tecnologia da UFC, eng. civ. Bruno Bertoncini; pró-reitor de Planejamento e Administração da Unichristus, eng. mec. Estevão Rocha; e da representante da Abepro Jovem, graduanda em Engenharia de Produção na Universidade do Estado do Pará – UEPA, Bruna Serra Freire, além do diretor científico da Abepro, eng. civ. Gaudêncio Freires (UFBA). 

Presidente Emanuel Maia e Dinismary Cardoso do Confea
Presidente Emanuel Maia e Dinismary Cardoso, funcionária do Confea, no estande do Conselho no evento

Programação e áreas de atuação
Antonio Cezar Bornia informa que a definição da programação do evento foi desenvolvida em conjunto entre a Abepro e os também parceiros do evento, UFC,  Unichristus e Unifor. “Em todos os nossos Encontros, Na geração da programação, sempre houve os parceiros locais e da comunidade para levantar nomes de possíveis palestrantes, em nossos grupos de trabalho, formados por voluntários. O resultado é que a gente está tendo uma boa receptividade, as sessões estão cheias. Foram 1600 inscrições, com as participações de 900 pessoas no primeiro dia”, comenta.
 

Nomes como os engenheiros civis Francisco Gaudencio Mendonça Freires e José de Paula Barros Neto, respectivamente professores da Universidade Federal da Bahia – UFBA e da Universidade Federal do Ceará – UFC se unem aos de outros palestrantes nacionais e também internacionais, como o colombiano Vasco Sanchez Rodrigues (Universidade de Cardiff) e os norte-americanos Chris Voss (Universidade de Londres) e Mark Spearman (Factory Physics).

Segundo o organizador, a Abepro busca fortalecer a engenharia de produção, cujos primeiros cursos no país datam da década de 1950. “Hoje em todo o Brasil são cerca de 900 cursos. Há engenheiros de produção com alguns títulos diferentes, voltados para áreas como mecânica e elétrica, por exemplo, mas a denominação mais usual hoje é apenas engenheiro de produção”, esclarece.
 

O presidente da Abepro considera ainda que a atuação do profissional envolve processos de logística, ergonomia, gestão de operações, “fazer o produto fluir pela fábrica”; engenharia econômica, “parte de custos e análises de investimentos”; pesquisa operacional, “que é a otimização de processos e eventos”; sustentabilidade, “que hoje tem bastante gente trabalhando com isso”. Portanto, diz, é um engenheiro que procura adequar os processos da empresa, cuidando do bem-estar das pessoas, procurando otimizar a eficiência das empresas, garantindo o fluxo entre os fornecedores.

Segundo Bornia, em alguns momentos, a atuação do engenheiro de produção se dá ao lado de outras profissões do Sistema. “Trabalhamos bastante em conjunto com a engenharia mecânica e elétrica nos equipamentos. Com o engenheiro civil, na construção civil que tradicionalmente tem muitos resíduos. Com o engenheiro ambiental, que também atua em conjunto, embora a engenharia ambiental tenha uma atuação mais específica, e todas as demais engenharias”, disse, citando ainda aspectos relacionados a custos, avaliações e perícias.

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Letícia Giotti
Com a colaboração de Dinismary Cardoso (Setor de Patrocínio e Promoção - Sepat)