Presidente do Confea reforça papel da engenharia na recuperação do RS

Brasília, 20  de maio de 2024.

"Os profissionais da engenharia e das geociências têm um papel fundamental no auxílio da reconstrução e de ajudar o governo do estado a enxergar de maneira mais precisa o que vai precisar ser recuperado e o que não tem recuperação. Esse é um papel da perícia profissional, a gente consegue determinar, isso é responsabilidade do profissional que estará à frente dessas ações, determinar o que vai ser possível de recuperação de maneira técnica e segura". A afirmação é do presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Vinicius Marchese durante entrevista ao vivo ao canal BandNews TV. Marchese comentou sobre as ações do sistema Confea/Crea para auxiliar o Rio Grande do Sul na recuperação após os alagamentos e enchentes que afetaram mais de 460 municípios no estado.

O presidente do Confea destacou que as ações anunciadas pelo Sistema contarão com a parceria do Conselho Regional no estado e que será coordenado para que as análises técnicas sejam efetivas. "Esse é o grande papel nosso nesse processo, no momento certo, de acordo com planejamento e organização em parceria com o Crea-RS que é o nosso ente que atua diretamente do estado do Rio Grande do Sul e junto com o governo do estado", disse Marchese. "A gente está falando de quase 85 mil moradias atingidas, danificadas ou destruídas. É um acontecimento sem precedentes, até do ponto de vista de atuação profissional. Qual é o nosso papel neste momento? Ajudar a organizar o maior número de profissionais que estão aptos e habilitados a auxiliarem neste processo por meio de uma organização, juntos com a secretaria competente, junto ao governo do estado, para que isso faça parte de um planejamento de recuperação eficiente". 

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Vinicius Marchese falou em entrevista ao canal BandNews TV e detalhou as ações do sistema Confea/Crea para auxiliar os municípios afetados pelas chuvas no estado 

A reocupação das áreas atingidas pelas inundações é uma das preocupações dos profissionais. A análise detalhada de cada imóvel vai auxiliar no retorno, o mais rápido possível, da população para suas casas. Vinicius Marchese lembra que, neste primeiro momento, é preciso aguardar passar a parte mais grave do desastre. Só quando as águas baixarem será possível fazer este estudo mais aprofundado das estruturas nos municípios atingidos. Enquanto isso, o Crea-RS vem promovendo ações voluntárias que auxiliaram nos resgates e no envio de suprimentos para a população isolada. Marchese detalha o que está sendo feito neste momento: "um pré-credenciamento de profissionais que queiram atuar neste processo de reconstrução do Rio Grande do Sul junto com o Crea-RS, além do trabalho de voluntariado que todos os profissionais que estão lá no Sul ligados ao Crea, os fiscais, estão trabalhando neste momento de forma voluntária".

Caso São Sebastião

Vinicius Marchese citou como exemplo, durante a entrevista, a atuação dos profissionais de engenharia durante o temporal que atingiu o município de São Sebastião, no litoral paulista, e que provocou deslizamentos de terra, desmoronamentos de casas e deixou a cidade destruída, com milhares de desabrigados no ano passado. Segundo o Marchese, os estudos foram fundamentais para determinar o que poderia ser recuperado e resultou em uma economia expressiva para a região. "Existiam ali moradias que foram totalmente condenadas e teve construções, no mesmo bairro, que passou até pelas mesmas situações, que foram passíveis de recuperação. Mas isso foi fruto de uma análise específica para cada situação e aquele relatório, aquela avaliação que determinou os desdobramentos dos próximos passos daquelas construções". 

 

Equipe de Comunicação do Confea