Brasília, 17 de abril de 2024.
“Um mês de reflexão”. Assim a coordenadora nacional das câmaras especializadas de Engenharia de Segurança do Trabalho, eng. Márcia Luíza Pereira dos Santos, definiu a passagem do Abril Verde, em entrevista concedida durante a realização da 2ª Reunião Ordinária da CCEEST, de 15 a 17 de abril, em Brasília. Segundo ela, o período marca uma oportunidade para valorizar um clamor técnico da sociedade pela engenharia de segurança do trabalho.
“O Tribunal Superior do Trabalho e o Sistema Confea/Crea chamam a atenção para a discussão desse tema gravíssimo, responsável por quase sete milhões de notificações de acidentes de trabalho entre 2012 e 2022”, descreve. Ela ressalta que o período é marcado pelo Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, “cujo conceito não é mais de ausência de doença, mas inclui a saúde física, mental e acidentária”, e ainda o dia 28 de abril, data estabelecida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho para lembrar a explosão que matou 78 mineiros no estado norte-americano da Virgínia, em 1969. “É um mês para falar da condição trabalhista como um todo”.
Professora aposentada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e criadora da Associação das Mulheres da Engenharia, Agronomia e Geociências de Minas Gerais (Ameag), a representante da Associação Mineira de Engenharia de Segurança do Trabalho – Ames ressalta que, no Brasil, desde 2005, o 28 de abril representa, sob o lema “Refletir sobre os mortos e lutar pelos vivos”, o Dia Mundial em Memória das Vítimas dos Acidentes e Doenças do Trabalho. “Nesses 20 anos, buscamos sensibilizar as comunidades em geral, tanto no ambiente urbano, como no ambiente rural, lembrando também dos auditores fiscais do trabalho mortos em 2004 na cidade mineira de Unaí”.
O tema havia sido tratado por ela recentemente em uma entrevista à Rádio ISFM 100.7. Confira.
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Marck Castro/Confea