Brasília, 5 de outubro de 2023.
Na última parte do “Workshop sobre atuação profissional da Engenharia, da Agronomia e das Geociências em questões ambientais”, o ex-presidente do Instituto Ambiental do Paraná e advogado Vitor Hugo Burko elogiou a programação da agenda. “Foi um grande aprendizado este um dia e meio que passei aqui porque os palestrantes trouxeram informações de forma brilhante”, enalteceu o evento realizado pela Comissão Temática de Meio Ambiente do Confea (CTMA), nos dias 4 e 5, no auditório do Centro de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB).
Ainda sobre a temática, Burko provocou o público a refletir sobre os assuntos de meio ambiente. “Se não posso absorver de modo claro e reconhecer de pronto o que foi dito, eu tenho que interpretar que algum tipo de efeito as ações humanas irão produzir”, sugeriu, detalhando a questão. “Quando falamos de meio ambiente, clima e biodiversidade, não falamos de uma ciência matemática que se engole pronta e que é inquestionável. Quando falamos de meio ambiente, falamos de um conjunto de variáveis absolutamente grande.”
Na sequência, o palestrante comentou a conjuntura marcada por opiniões divergentes. “Diante das visões antagônicas, temos que seguir pelo caminho mais seguro porque não queremos viver em um mundo fumacento, com rios podres e os animais sem lugar para habitar”, alertou.
Favorável às ações práticas e objetivas, o palestrante, que já foi vereador e prefeito do município de Guarapuava no Paraná por dois mandatos, abordou a importância do planejamento na execução de iniciativas ambientais. “O que falta para produzirmos resultados? Planejar significa conhecer o que será feito, entender quem são os agentes envolvidos em papeis e objetivos certos e determinados, e saber quais caminhos que poderão ser trilhados. Isso é básico e elementar”, argumentou. “Neste caso, temos que considerar os diversos prismas de visão, interpretar os riscos e esforços envolvidos, identificar as pessoas que podem contribuir efetivamente”, acrescentou.
Por fim, Burko apostou na atuação dos profissionais da Engenharia, Agronomia e Geociências para que o cenário ambiental prospere. “A questão ambiental brasileira precisa, sim, de uma solução objetiva, concreta e efetivamente eficaz. Por isso, não permitam que as guerras de narrativas sobrepujem a capacidade de vocês de interpretar o meio ambiente como ele deve ser interpretado”, incentivou.
Confira aqui entrevista com o advogado Vitor Hugo Burko:
Participe da consulta pública
Está aberta consulta pública para compilar medidas que visam fortalecer a atuação dos profissionais das Engenharias, da Agronomia e das Geociências na área de meio ambiente. Entre os eixos temáticos abordados, estão recursos naturais, ocupação territorial e desastres, desenvolvimento e meio ambiente, fiscalização e ética profissional, e setores da economia.
As contribuições podem ser registradas, até o dia 16 de outubro, na página consultapublica.confea.org.br.
De acordo com o coordenador da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap), eng. agr. Luiz Lucchesi, “as manifestações irão subsidiar os trabalhos da Comissão Temática Meio Ambiente do Confea (CTMA)”. Especificamente, as sugestões irão compor o relatório do grupo que apontará “diretrizes fundamentais para o setor da Engenharia, Agronomia e Geociências, as quais nortearão o futuro e o papel dos profissionais dessas áreas no Brasil”, como sinalizou o professor eng. agr. Henrique Marinho Leite Chaves, do curso de Engenharia Florestal da Universidade de Brasília (UnB) que integra a comissão.
Já a eng. civ. Esther Marques aposta nas contribuições do público. “Teremos muito conteúdo para avaliar”, vislumbrou a professora do Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, tendo como base a qualidade do conteúdo que foi compartilhado durante o workshop e a divulgação propagada pela CTMA.
Assista à íntegra do debate desta tarde:
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Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Thiago Sousa/Confea
