Brasília (DF), 29 de outubro de 2019.
Ao lado do eng. mecânico e conselheiro federal Ronald Santos, representando o presidente do Confea, eng. civil Joel Krüger, o eng. plástico Luis Machado, coordenador nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia Química, abriu os trabalhos da 4ª reunião das CCEEQ, na manhã da 3ª feira 29/10, na sede do Confea, em Brasília.
Dando as boas-vindas aos 13 representantes das Câmaras Especializadas de Engenharia Química existentes nos Creas do CE, DF, ES, GO, MG, PB, PE, PR, RJ, RS, SC, SE e RS, o conselheiro destacou “a importância da ação parlamentar” que os coordenadores regionais fariam à tarde, no Congresso Nacional. Para ele, “reunir os profissionais na capital federal facilita e dinamiza o contato, fundamental, dos profissionais com os parlamentares”.
Logo após a aprovação da súmula da reunião anterior, os participantes da reunião se dividiram em Grupos de Trabalho para dinamizar o trabalho que refletirá o entendimento da CCEEQ, em torno de diversos assuntos, entre eles, o Manual de Fiscalização com relação ao meio ambiente, PL 0322/2019, do Confea, que aprovou o Relatório Circunstanciado da Comissão Temática de Estudos Socioambientais que tem o objetivo de planejar e executar campanhas de esclarecimentos sobre a responsabilidade profissional dos engenheiros químicos nas questões ambientais.
Machado defende que a modalidade “tem muita interação" com o meio ambiente, “mais do que se pensa”, afirma, ao dar exemplos que vão desde os poluentes emitidos pelas indústrias, que se misturam a outros elementos químicos, provocando reações adversas ao ser humano, até as manchas de óleo e petróleo que invadiram diversas praias do Nordeste.
Reações e realidade
“Como o solo vai reagir com essa poluição? Como o organismo das pessoas vai reagir após ter contato com esse material?”, questiona Machado para quem “os engenheiros químicos têm que maior participação em várias questões relacionadas ao meio ambiente".
Além do GT que vai opinar sobre o Manual, foram montados os GTs da Ação Parlamentar, o que vai tratar do ensino de Engenharia Química a distância (EAD), e o que vai avaliar a participação e repercussão da 76ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), e do 10º Congresso Nacional de Profissionais (CNP), realizados em setembro, em Palmas (TO).
Considerado polêmico, o EAD “é uma realidade”, concordam todos que também consideram que, em função das aulas práticas, “a modalidade não pode ser ministrada totalmente a distância”.
Ação parlamentar
À tarde, a CCEEQ encaminhou junto ao presidente da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, Leônidas Cristino (PDT-CE), proposta de Projeto de Lei visando “estabelecer e esclarecer à sociedade o campo de atuação e as atividades dos engenheiros da Modalidade Engenharia Química, que incluem engenheiros químicos, engenheiros de alimentos, engenheiros de petróleo, engenheiro de materiais, engenheiro têxtil e engenheiros de áreas afins, diferenciando-os, assim, de outras atividades profissionais não relacionadas diretamente à indústria da transformação”, segundo o coordenador Luís Sidnei Barbosa Machado.
Para o engenheiro plástico gaúcho, esse esclarecimento permitiria que a sociedade obtivesse, diretamente desses profissionais, informações sobre as reais características e consequências do derramamento de petróleo que toma o litoral nordestino há dois meses. Por sinal, o tema havia sido tratado antes da ação parlamentar pelos representantes da modalidade nos estados de Sergipe, José Augusto Machado; Pernambuco, José Wellington Brito Cavalcanti, e Ceará, João José Hiluy Filho, que também participou da ação parlamentar, ao lado ainda do coordenador adjunto, Francisco Innocencio Pereira (Crea-SP), do assessor parlamentar Marcos Teixeira e dos coordenadores das câmaras dos Creas SC, Rodrigo Moure, e Minas Gerais, Antônio Iatesta.
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O deputado Leônidas Cristino se prontificou a continuar atuando em prol de todas as demandas relacionadas ao Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), dias depois de haver recebido o presidente Joel Krüger durante uma audiência pública em que o Conselho confirmou sua posição contrária à privatização do setor elétrico, na última quinta-feira (24). “Buscarei defender todas as demandas da Engenharia. Em relação a essa luta de mais de três décadas da Engenharia Química, acredito que será um processo difícil, que precisará de audiências públicas e outras formas de debate, mas necessário para atender às especificidades da engenharia, ligada à indústria da transformação, de forma que o conhecimento técnico esteja estribado na formação profissional, dirimindo, assim, os sombreamentos existentes”, afirmou Leônidas Cristino.
Amanhã, 4ª feira, os coordenadores das câmaras de engenharia química continuam divididos em grupos de trabalho e devem apresentar suas conclusões na 5ª feira, 31, último dia da reunião.
Maria Helena de Carvalho e Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Marck Castro/Confea