Funcionários de todos os Regionais participaram de reunião organizada pela Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap), nesta terça (7), no plenário do Confea. Coordenada pelo engenheiro agrônomo Luiz Antonio Lucchesi, a Ceap recebeu os participantes, por meio ainda do conselheiro federal Osmar Barros Jr. e do assessor Fábio Merlo, buscando aprofundar o diálogo sobre o manual de procedimentos para uniformização de ações para registro de cursos e instituições de ensino.
“Desde o Encontro de Líderes, temos ouvido as propostas dos Regionais para o manual de atividades profissionais. Nossa intenção é implementá-lo o mais breve possível, mas antes, temos obtido muita colaboração desses profissionais competentes, que têm oferecido ótimas contribuições”, considera Lucchesi. Além do manual, ressalta, os profissionais têm apresentado sugestões sobre temas correlatos às suas atividades cotidianas, como o Ensino a Distância, homologação de formados no exterior. “Algumas dessas propostas devem ser efetivamente incorporadas ao documento”.
O coordenador defende ainda que o Manual seja um produto que contribuirá para o fortalecimento do contato com as Instituições de Ensino Superior e os cursos. “O profissional precisa exercer a sua atividade e, por isso, se credencia junto ao Conselho. Buscamos nos aproximar ainda mais das IES para que a formação e a empregabilidade sejam o melhor possível para eles, o que favorece à sociedade brasileira como um todo”, aponta, informando que as propostas deverão ser sistematizadas até o início de setembro, a tempo de serem apresentadas durante a Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), que acontece de 16 a 19 daquele mês, em Palmas-TO.
Harmonização
Entre os participantes, a expectativa é semelhante, em torno da importância dessa mobilização. “Acho válido dar a nossa contribuição para construir esse manual que vai balizar muitas decisões na Ceap. Hoje demos mais um passo, continuando uma atividade que estamos desenvolvendo desde o Encontro de Líderes. Estou otimista com essa troca de experiência. Temos que avançar nesses encontros para a gente amarrar alguns procedimentos mais comuns para chegar na Soea com um padrão mais consolidado”, diz o representante do Crea-PE, Burguivol Alves.
Posicionamento semelhante ao de Eyde Bonatto (Crea-AM). “Cada conselho tem uma forma de conduzir os atos administrativos à luz da legislação. Harmonizar as experiências de todos os conselhos pode nos ajudar a consolidar o nosso trabalho de forma que isso gere a necessidade de menos tempo no cadastro dos cursos, dos profissionais e das instituições”.
Para Kelly Crhistina Ramos de Oliveira, representante do Crea-RR, a integração dos Creas também poderá trazer bons resultados para todos. “Estamos promovendo uma integração na busca e de uma consciência em torno de casos que são comuns em torno dos cursos e das atribuições profissionais, o que pode proporcionar uma maior unicidade das atividades do Sistema, independentemente da interferência de outras instituições”.
Já o representante do Crea-RS, Adelir Strieder, avalia que o grupo está “delineando uma convergência para fazer a análise das condições de capacidade de exercício profissional com base em atividades curriculares de caráter formativo dentro dos projetos pedagógicos”. Para ele, a matriz do sistema educacional brasileiro dá liberdade às IES para propor projetos pedagógicos que são muito diferentes entre si. “O Sistema está preocupado ainda com a questão da incolumidade pública decorrente de algumas formações na Engenharia”, acrescenta.
Metodologia
Ao longo do dia, os profissionais dos Creas apresentaram os resultados das atividades de grupo, em torno dos seguintes temas que constituem o Manual: cadastramento de instituições de ensino (Creas Rio de Janeiro, Amazonas, Paraná e Acre); cadastramento de curso (Creas Maranhão, Pernambuco, Acre, Paraíba e Tocantins); atribuições iniciais (Creas Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Alagoas, Rio Grande do Norte, Rondônia, São Paulo e Rio Grande do Sul; concessão de extensão de atribuições (Creas Piauí, Bahia, Sergipe, Mato Grosso, Ceará e Pará) e concessão de atribuições de acordo com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (Creas Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Bahia e Distrito Federal).
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
