Brasília, 18 de maio de 2021.
“Onde não há alimento, não há paz”, pontuou o presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, ao abrir a 2ª Reunião Ordinária de 2021 do Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea e Mútua, colegiado que reúne os presidentes dos Conselhos Federal e Regionais e da Mútua. Na ocasião, Krüger ressaltava a indicação do engenheiro agrônomo brasileiro Alysson Paolinelli para o Prêmio Nobel da Paz e introduzia a palestra que se daria a seguir, ministrada por representante do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas.
Considerado a maior organização humanitária do mundo, o Programa Mundial de Alimentos (WFP, na sigla em inglês) recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2020 por conta do incansável trabalho que já prestou assistência alimentar a mais de cem milhões da pessoas em 88 países, por meio de cerca de 20 mil colaboradores (dos quais 87% trabalham em campo).
Os números foram apresentados pelo engenheiro de alimentos especializado em engenharia agrícola Joélcio Carvalho, que atua como oficial de projeto no WFP. “Colocamos nossa expertise a favor de projetos e iniciativas em nível nacional. Em 2020, distribuímos alimentos a mais de cem mil pessoas só no Brasil, por meio de Organizações Não Governamentais parceiras. Como não atuamos somente em capitais, buscamos construir pontes e parcerias, com vistas a fazer nosso trabalho chegar aos lugares mais críticos e vulneráveis”, afirmou Carvalho, ao sugerir que os Creas poderiam ser potenciais agentes nesse processo por meio das inspetorias.
Ao apresentar todo o escopo de trabalho e o histórico de atuação do Programa, Carvalho ressaltou que o WFP é um comprador de alimentos. “Temos a oportunidade de apresentar potenciais produtores que possam vender para essa plataforma de distribuição”, acrescentou. Envolvendo inovação e tecnologia que facilitem o acesso e o transporte de alimentos, o Programa funciona como um hub logístico da ONU, que também distribui medicamentos e materiais de construção para projetos habitacionais.
Programa Mulher
Antes da palestra, o presidente Joel Krüger entregou certificados para os 18 presidentes de Creas que implantaram o Programa Mulher em seus regionais. São eles: Acre, Alagoas, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Tocantins, Bahia, Amazonas, Ceará, Roraima, Espírito Santo, Piauí, Paraíba, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo. “Quero agradecer a todos que já implantaram o Programa”, afirmou Krüger. A presidente do Crea-RS, eng. amb. Nanci Walter, acompanhou a entrega dos certificados. Ela representa o Colégio de Presidentes no Comitê Gestor do Programa Mulher Nacional.
Diálogo no Parlamento
Três parlamentares participaram dos trabalhos da abertura da reunião e foram unânimes ao ressaltar a importância da integração entre o Sistema Confea/Crea e o Congresso Nacional. “O setor da Engenharia e da construção civil é a mola propulsora da economia, é o maior gerador de emprego do país. É importante que haja uma pauta única do segmento, para que a gente se una e atenda aos anseios dos profissionais que estão parados por falta de obras”, defendeu o senador Ângelo Coronel (PSD-BA). “O país clama por uma direção mais clara, e a Engenharia é uma peça fundamental. Vocês representam um setor fundamental no processo de arranque do país”, completou o senador Flavio Vicente, suplente do senador Flávio Arns (Podemos-PR).
Já o deputado federal Antonio Nicoletti (PSL-RR) se mostrou entusiasta da visita de Krüger a Roraima. “Acredito muito nessa integração, isso fortalece os laços políticos”, pontuou, antes de destacar dois projetos específicos da pauta do Congresso Nacional: o Projeto de Lei n. 6699/2002, que tipifica como crime o exercício ilegal da Engenharia e da Agronomia; e a Proposta de Emenda à Constituição 108/2019, que altera a natureza jurídica dos conselhos profissionais. “Me preocupa muito um texto que enfraquece a fiscalização”, disse.
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Homenagens
Logo no início da manhã, antes de os trabalhos serem iniciados, os participantes realizaram um minuto de silêncio em homenagem a Paulo Guimarães, que presidia a Mútua nacional; a Maria Aparecida Estrela, que exercia a Vice-Presidência da Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho (Anest); e a José Alves Caetano, então diretor regional da Mútua-MG. Os três faleceram na primeira quinzena de maio.
O Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea e Mútua reúne todos os presidentes dos Conselhos Regionais e Federal e da Mútua. A segunda reunião ordinária do colegiado em 2021, iniciada nesta terça-feira (18/5), segue até sexta-feira (21/5). Amanhã, o grupo define dois diretores executivos da Mútua nacional para o mandato 2021-2023, que se inicia em agosto.
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Beatriz Craveiro
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Marck Castro, Thiago Zion e Vanderlei Pereira