Salvador, 10 de maio de 2011.
Legado- Ribeiro salientou que a solução de mobilidade urbana não deve se restringir somente à Copa do Mundo, que embora importante, “não é absoluta nem exclusiva”. O secretário reconheceu que o projeto de mobilidade urbana deveria contemplar a região metropolitana e não somente Salvador e Lauro de Freitas, como está previsto, e ao menos atender à Camaçari e Simões Filho.
O presidente do Crea-BA, Jonas Dantas, afirmou que o projeto deve atender à população de Salvador como um todo, principalmente a mais carente e integrar a cidade de maneira eficiente. Ele também alertou que a Copa do Mundo é um evento temporário, mas que tem que deixar legados permanentes.
Planejamento - A opção do estado de realizar uma Proposta de Manifestação de Interesses (PMI) para escolher a melhor alternativa para a mobilidade urbana de Salvador foi defendida sob a justificativa de trazer mais soluções alternativas e transferir custos de planejamento preliminar à iniciativa privada. Em relação aos questionamentos de que a PMI não seria a maneira mais adequada de elaboração de projeto, o secretário disse que o modo de não ficar refém da iniciativa privada é tornar o projeto público e abri-lo para o debate com os usuários e técnicos. Ribeiro também é coordenador do Comitê Diretor da PMI, que engloba além da Seplan, a Procuradoria e a Casa Civil. Ele salientou que o histórico de Salvador é o de estabelecimento de sistemas de transporte de massa sem o devido planejamento, a exemplo dos bondes modernos e do Metrô. Apesar disso, manifestou a intenção de criar no estado um fundo para elaboração de projetos, a ser montado com recursos do BNDES e do Banco Mundial, e que solicitaria a ajuda do Crea e das entidades da área tecnológica nesse processo.
Críticas- O secretário também criticou a gestão atual do sistema de transporte de Salvador, que é municipalizado. “Salvador cometeu o desatino de considerar o transporte de massa uma questão municipal.”. Segundo ele, o município não tem condição de bancar sozinho um transporte de massa e salientou que em outros lugares o transporte é metropolitano e está a cargo do estado ou da união.”
Por Carol Aquino
Fonte: Ascom Crea-BA