Brasília (DF), terça-feira, 23 de março de 2004.
A execução do Hino Nacional e a entrega dos certificados de conclusão de mandato pelo presidente do Confea, eng.Wilson Lang, aos Coordenadores de Câmaras, marcaram a abertura hoje, às 14h, do X Encontro Anual dos Coordenadores de Câmaras Especializadas do Sistema Confea/Crea.
Evento de importância histórica na opinião do presidente Wilson Lang, o encontro tratará, entre outros, de um tema que vem sendo discutido desde o Congresso Nacional dos Profissionais (CNP), realizado em Foz do Iguaçu, em 2002: o sistema de registro e ingresso dos profissionais no mercado de trabalho.
"Estamos vivendo uma nova ordem cultural, que exige mudanças nas nossas atividades. O mercado para o qual fomos formados, também mudou. Antes o profissional deveria ser generalista, depois deveria ser um especialista, atualmente exige-se que seja multi-especialista. A Resolução 218/73 engessou nossa atividade. Jogar a resolução no lixo é fácil. No entanto, precisamos pensá-la a partir de uma concepção de ensino e mercado atual. Essa é uma tarefa desafiadora. Para isso, vamos ter que mudar nossa forma de pensar", disse Lang.
Desde 2003, as Comissões de Exercício Profissional (CEP) e a de Educação (CES) têm trabalhado na elaboração de instrumentos que possam facilitar a mudança dos paradigmas vigentes. "As transformações foram muito profundas. Entendemos que esse processo gera a necessidade de uma discussão intensa sobre a Resolução 218/73. A nossa intenção é criar novas maneiras de conceber as atribuições profissionais", afirmou Itamar Kalil, coordenador da CES e integrante da mesa.
Depois que o assunto for debatido exaustivamente será elaborado um anteprojeto, que por sua vez, será encaminhado para os Creas . Só então voltará a plenário para ser votado. "Esperamos que isso seja feito até o fim do ano", disse Lang.
Além da polêmica Resolução 218/73, Lang chamou atenção para alguns projetos que vem sendo desenvolvidos em parceria com Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os Telecentros que permitirão a inclusão digital de pequenas e médias empresas facilitando a exportação de serviços.
"O sistema aumenta a interface colaborativa com a sociedade. Pretendemos distribuir telecentros em todo país inclusive em locais onde não existe Internet. Faremos isso via satélite", esclareceu Lang.
A necessidade da existência de um cadastro único de profissionais no país, foi outro ponto destacado pelo presidente do Confea, que fez questão de lembrar: 180 mil profissionais foram recadastrados em 2003. "Mas é preciso uma nova campanha para darmos continuidade ao processo de recadastramento", enfatizou.
A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) não ficou de fora dos temas apontados para debate. Encontrar mecanismos de emitir e cobrar as ARTs com mesmo valor e mesmo código é prioridade nesse momento, assim como melhorar os instrumentos de fiscalização promovendo cursos de educação à distância para formar pessoas habilitadas em projetos.
Nesse sentido, as coordenadorias são de grande importância, uma vez que tentam padronizar os procedimentos das Câmaras Especializadas, cujas atividades são determinantes para o sucesso da atividade fim dos Creas, lembrou Paulo Rangel, coordenador da Comissão de Exercício Profissional (CEP).
A principal função da CEP, por exemplo, é analisar os assuntos e atribuições do exercício profissional dando ênfase no processo de fiscalização. Em 2003, realizou um mutirão onde foram analisados 2.111 processos que estavam acumulados.
"Essa ação possibilitou um diagnóstico preciso dos processos provenientes dos Creas e permitiu que tomássemos providências como, por exemplo, treinamento de agentes de fiscalização e a criação do Projeto Conselheiro", explicou Paulo Rangel.
Para encerrar, Geraldo Hernandez, representante dos Coordenadores Nacionais, deixou claro sua alegria em ser ocupar o cargo e agradeceu a participação e envolvimento de todos na importante missão de unificar as resoluções federais.
Márcia Vitória - Jornalista convidada
A execução do Hino Nacional e a entrega dos certificados de conclusão de mandato pelo presidente do Confea, eng.Wilson Lang, aos Coordenadores de Câmaras, marcaram a abertura hoje, às 14h, do X Encontro Anual dos Coordenadores de Câmaras Especializadas do Sistema Confea/Crea.
Evento de importância histórica na opinião do presidente Wilson Lang, o encontro tratará, entre outros, de um tema que vem sendo discutido desde o Congresso Nacional dos Profissionais (CNP), realizado em Foz do Iguaçu, em 2002: o sistema de registro e ingresso dos profissionais no mercado de trabalho.
"Estamos vivendo uma nova ordem cultural, que exige mudanças nas nossas atividades. O mercado para o qual fomos formados, também mudou. Antes o profissional deveria ser generalista, depois deveria ser um especialista, atualmente exige-se que seja multi-especialista. A Resolução 218/73 engessou nossa atividade. Jogar a resolução no lixo é fácil. No entanto, precisamos pensá-la a partir de uma concepção de ensino e mercado atual. Essa é uma tarefa desafiadora. Para isso, vamos ter que mudar nossa forma de pensar", disse Lang.
Desde 2003, as Comissões de Exercício Profissional (CEP) e a de Educação (CES) têm trabalhado na elaboração de instrumentos que possam facilitar a mudança dos paradigmas vigentes. "As transformações foram muito profundas. Entendemos que esse processo gera a necessidade de uma discussão intensa sobre a Resolução 218/73. A nossa intenção é criar novas maneiras de conceber as atribuições profissionais", afirmou Itamar Kalil, coordenador da CES e integrante da mesa.
Depois que o assunto for debatido exaustivamente será elaborado um anteprojeto, que por sua vez, será encaminhado para os Creas . Só então voltará a plenário para ser votado. "Esperamos que isso seja feito até o fim do ano", disse Lang.
Além da polêmica Resolução 218/73, Lang chamou atenção para alguns projetos que vem sendo desenvolvidos em parceria com Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os Telecentros que permitirão a inclusão digital de pequenas e médias empresas facilitando a exportação de serviços.
"O sistema aumenta a interface colaborativa com a sociedade. Pretendemos distribuir telecentros em todo país inclusive em locais onde não existe Internet. Faremos isso via satélite", esclareceu Lang.
A necessidade da existência de um cadastro único de profissionais no país, foi outro ponto destacado pelo presidente do Confea, que fez questão de lembrar: 180 mil profissionais foram recadastrados em 2003. "Mas é preciso uma nova campanha para darmos continuidade ao processo de recadastramento", enfatizou.
A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) não ficou de fora dos temas apontados para debate. Encontrar mecanismos de emitir e cobrar as ARTs com mesmo valor e mesmo código é prioridade nesse momento, assim como melhorar os instrumentos de fiscalização promovendo cursos de educação à distância para formar pessoas habilitadas em projetos.
Nesse sentido, as coordenadorias são de grande importância, uma vez que tentam padronizar os procedimentos das Câmaras Especializadas, cujas atividades são determinantes para o sucesso da atividade fim dos Creas, lembrou Paulo Rangel, coordenador da Comissão de Exercício Profissional (CEP).
A principal função da CEP, por exemplo, é analisar os assuntos e atribuições do exercício profissional dando ênfase no processo de fiscalização. Em 2003, realizou um mutirão onde foram analisados 2.111 processos que estavam acumulados.
"Essa ação possibilitou um diagnóstico preciso dos processos provenientes dos Creas e permitiu que tomássemos providências como, por exemplo, treinamento de agentes de fiscalização e a criação do Projeto Conselheiro", explicou Paulo Rangel.
Para encerrar, Geraldo Hernandez, representante dos Coordenadores Nacionais, deixou claro sua alegria em ser ocupar o cargo e agradeceu a participação e envolvimento de todos na importante missão de unificar as resoluções federais.
Márcia Vitória - Jornalista convidada