Reconstrução das cidades atingidas pelas cheias requer trabalho coletivo

Maceió, 16 de março de 2011.

Conselheiros e diretores do Crea-AL, gestores dos municípios que foram atingidos pela enchente em junho/2010 e representantes do governo estadual, acompanharam ontem à noite, no Crea, a exposição feita pelo Instituto Elos que, num trabalho de parceria com membros da comissão do Crea, aprontaram um diagnóstico com as demandas de 06 municípios que foram arrasados pela cheia ocorrida no ano passado.

À partir do que escutou e do que viu, a equipe de profissionais que compõem a ONG começou a montar o dignóstico urbano social de cada município e que já está sendo considerado como um material extremamente eficiente e que vai comprometer o governo na reconstrução e refazimento das cidades que margeiam os vales do Mundaú e Paraíba.

A arquiteta Thaís Polydoro, que supervisionou os trabalhos do Instituto, mostrou a metodologia empregada com a utilização do processo de envolvimento das pessoas que falaram das suas necessidades. “Foram feitos vários encontros comunitários para saber das idéias da população que foi vitimada pela enchente e a possível realização dos seus sonhos”, explicou.  Segundo a arquiteta, o grande referencial para a maioria dos moradores é não voltar a morar próximo às áreas atingidas pela cheia.

Durante a apresentação do relatório, a ONG  mostrou slides com impacto da enchente e os pontos degradados das cidades. Outro detalhe considerado importante foi a falta de comunicação entre os gestores do município e a população uma vez que alguns projetos realizados pela prefeitura não tem conhecimento popular. Após a apresentação dos diagnósticos, representantes das cidades de Quebrangulo, Paulo Jacinto, Capela e Cajueiro, receberam os relatórios entregues pelo presidente do Crea-AL,  Aloísio Ferreira, com a recomendação de que os municípios alagoanos precisam montar suas equipes técnicas para nortear as demandas e concretizar projetos em benefícios dos moradores.

Estavam na platéia acompanhando a exposição do relatório o deputado Judson Cabral(PT) e o engenheiro agrônomo Guilhermo Hernandez, representando a Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento do Estado. Hernandez confessou que ficou assustado com a quantidade de ritos e exigências que o Estado é obrigado a seguir para a captação de alguns recursos vindos dos Ministérios para dar continuidade às obras de reconstrução. Elogiou o diagnóstico e disse que o caminho, a diretriz e o alicerce já está construído.

Fonte: Crea-AL