Belo Horizonte, 12 de março de 2021
Em dezembro de 2019, o Sicoob Engecred-GO e o Sicoob Engecred-MG se uniram. Num setor onde as fusões são uma tendência, o Relatório Anual de 2020 do Sicoob Engecred mostra que a decisão foi acertada.
A Cooperativa colhe o melhor resultado da sua história, num ano especialmente desafiador, devido à pandemia de covid-19. “Não recuamos em nenhuma de nossas metas, ao contrário, superamos as expectativas. Seguindo todos os protocolos de saúde sugeridos pelas autoridades, conseguimos manter a saúde das pessoas e dos negócios”, afirma o engenheiro Fabrício Modesto Cesar, diretor-presidente do Sicoob Engecred.
“Não houve demissões em nosso time e as operações seguiram com seu fluxo normal, permitindo-nos alcançar, ao final do exercício de 2020, a marca de R$ 1,399 bilhão em ativos totais, um crescimento de 48,2% em relação ao ano anterior e também um valor acima do estimado para 2020 (R$ 1,195 bilhão). Nosso resultado operacional foi de R$ 33,3 milhões, superando os R$ 31,2 milhões projetados para o ano”, acrescenta o CEO.
Esses e outros números que evidenciam a evolução do Sicoob Engecred estão no Relatório Anual, já auditados pela empresa PwC Brasil (https://www.sicoobengecred.coop.br/prestacao-de-contas/). Atualmente, o Sicoob Engecred está entre as 14 maiores cooperativas do Sistema Sicoob, que tem mais de 380 cooperativas singulares.
No primeiro ano de união entre as cooperativas, o Sicoob Engecred chegou a mais de 12,6 mil associados. Indo em frente com a máxima cooperativista de que “juntos somos mais fortes”, conseguiu reestruturar e implantar novos processos nos Pontos de Atendimento em Minas Gerais, tornando o negócio ainda mais sólido aos olhos do mercado e dos associados.
Valorização do colaborador
Um dos segredos da solidez do Sicoob Engecred está na ótima relação com colaboradores, cooperados e comunidade em geral. Com relação aos colaboradores, hoje em número de 150, o relacionamento sempre foi de muito diálogo. “Trata-se de uma gestão participativa, na qual as portas estão sempre abertas para ouvir a todos”, enfatiza o diretor-presidente, que está à frente da Cooperativa desde 2012.
O cuidado diário com o colaborador, empreendendo boas práticas de gestão, levou o Sicoob Engecred a conquistar oito prêmios do Great Place to Work (GPTW) como uma das Melhores Empresas para Trabalhar, em rankings regionais e nacionais.
No que diz respeito especificamente ao período pandêmico, Fabrício Modesto cita a adoção de medidas preventivas contra o novo coronavírus para proteger a saúde do colaborador dentro das agências: teste em massa para covid-19, adoção do sistema de revezamento de pessoas no presencial e em home office, além do investimento em plataforma para reuniões virtuais e em campanhas de conscientização.
Uma cooperativa preparada para os desafios
Se no campo operacional o Sicoob Engecred é um conjunto de boas notícias, no estratégico não fica atrás. E quem fala disso é o presidente do Conselho de Administração, o engenheiro Argemiro Antônio Fontes Mendonça, reeleito nessa quarta-feira, 10 de março, em Assembleia Geral Ordinária do Sicoob Engecred.
Ele começa destacando que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fez um desafio às cooperativas de crédito (hoje pouco menos de 6% do setor financeiro) para atingir a faixa de 20% do mercado. Sem dúvida, um aceno de reconhecimento da força do cooperativismo, mas que impõe regras similares aos demais bancos que integram o Sistema Financeiro Nacional (SFN).
“A garantia da solidez do SFN impõe exigências na liberação de créditos e requer maior profissionalização. E já estamos preparados para isso. O Sicoob Engecred tem um ótimo sistema de governança. Sua diretoria é profissionalizada, muitos com carreira em bancos comerciais. Além de engenheiros com conhecimento e experiência no setor financeiro, agregamos ao nosso corpo técnico outras profissões com formação mais voltada para o setor”, sustenta Argemiro Mendonça.
Passar para o mesmo nível dos bancos comerciais impõe o desafio de permanecer atrativo num mercado financeiro cheio de novidades, bancos digitais, por exemplo, deixando de ser muitas vezes o plano B dos cooperados. “A solidez atual do Sicoob Engecred faz com que não temamos as novas alternativas do mercado financeiro, finteches, que levam as referências para baixo, porém operam no vermelho”, define Argemiro.
Para encarar os novos desafios e continuar crescendo, novas fusões continuam no horizonte. “O sistema Sicoob possui cerca de 380 cooperativas e a tendência é que esse número diminua com mais uniões e incorporações, sobretudo num mercado onde não há necessidade de presença física. Mais cedo ou mais tarde ou você escolhe ou você é escolhido. Como 14ª maior cooperativa de crédito do sistema Sicoob, a Engecred ainda tem muito por onde expandir,” garante Argemiro.
Outro grande desafio a ser enfrentado pelo Sicoob Engecred, que tem o potencial de ser uma via de mão de dupla desejada pelos dois lados da moeda, é a possibilidade de transacionar com o Sistema Confea/Crea e Mútua, uma brecha aberta recentemente com as prefeituras, dando margem para as cooperativas trabalharem com recursos públicos.
“Estamos trabalhando junto à Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) para tornar essa possibilidade uma boa realidade para todos. Porém, face à insegurança jurídica atual, o melhor caminho é votar uma lei autorizativa no Congresso”, opina Argemiro.
Sobre esse assunto, o engenheiro Lucio Borges, presidente do Crea-MG e também eleito nessa quarta-feira membro do Conselho Administrativo do Sicoob Engecred, ao lado do engenheiro José Tarcísio Caixeta no Conselho Fiscal, como representantes de Minas Gerais, entende que a cooperativa foi criada para alavancar as atividades dos profissionais e das empresas de engenharia, agronomia e geociências.
O Sicoob Engecred está cumprindo esse papel em nível de Minas Gerais e Goiás, e mesmo nacionalmente. Por isso, acho fundamental que essa definição se dê o mais rápido possível, possibilitando o Sistema transacionar com o Sicoob Engecred”, defende Lucio Borges.
Lucio Borges, que atua em cooperativismo desde sua formação em engenharia, na década de 1980, conhece bem esse diferencial e é um dos maiores incentivadores para que a participação de profissionais e empresas se dê cada vez em maior número.
“Agora mais robusto, o Sicoob Engecred precisa que mais profissionais e empresas se incorporem a esta modalidade de relação com o mercado financeiro. Além de ser uma ótima opção, ela é da engenharia, agronomia e das geociências. É uma instituição financeira que podemos chamar sem medo de nossa”, finaliza Lucio Borges.
Papel social
Mas deixemos de lado por um instante a questão financeira, para falar do maior diferencial do sistema cooperativo que é a sensibilidade social. E nisso o Sicoob Engecred é referência. O hoje implantado Instituto Sicoob é espelho do Instituto Engecred, que deu seus primeiros passos trabalhando com crianças superdotadas.
“Com o tempo o trabalho se tornou mais abrangente. Fizemos parcerias com escolas de música e de artes. Exploramos o potencial artístico como forma de agregar famílias, crianças e adolescentes em particular, que ficam à margem de oportunidades nessa área, ampliando suas potencialidades. Na pandemia precisamos nos reinventar. Mas, depois do primeiro impacto, em julho voltamos com agendas virtuais”, lembra Argemiro Mendonça.
O trabalho do Instituto, que pode ser conhecido aqui (http://www.institutoengecred.com.br/) não para por aí. Educação financeira para setores mais vulneráveis da sociedade é um deles. E as corridas de rua, que deram um tempo também por causa da pandemia, em breve estarão de volta, agora também na capital mineira. Tudo isso com o aporte de valor equivalente a cerca de 1% dos resultados (sobras) anuais e a parceria de cooperados ou empresas sensíveis a questões sociais.
Equipe de comunicação do Crea-MG
