Porto Alegre: último porto do curso de fiscalização que treinou 230 fiscais em todo o Brasil

Porto Alegre (RS), quinta-feira, 27 de novembro de 2003. Encerrou hoje (27/11) em Porto Alegre a rodada de Cursos de Fiscalização do Sistema Confea/Crea, que teve início em Brasília no mês de outubro, passou por Natal (RN), Belém (PA) e Belo Horizonte (MG). Cada edição contou com a participação de fiscais dos Estados da região. Ao todo foram treinados 230 fiscais de um contigente de 750. "Os que tiveram a oportunidade de fazer o curso agora serão multiplicadores nas suas bases", informou o eng. mecânico Vinício Duarte, gerente do Núcleo de Operação Organizacional e de Planejamento (Nudop) do Confea.O encerramento da atividade, que é um dos projetos estratégicos da Comissão de Organização do Sistema (COS), contou com a participação do presidente do Confea, eng. civil Wilson Lang, do presidente do Crea-RS, eng. agrônomo Gustavo Lange e do presidente da Associação Nacional dos Engenheiros de Segurança do Trabalho (Anest), eng. de segurança do trabalho, Nelson Burili, entre outras pessoas.Lang fez questão de falar sobre o significado do curso como uma das ferramentas do planejamento estratégico do Conselho Federal. Ele explicou aos fiscais que eles se encontram numa ponta do Sistema e que na outra, está o Confea com seus conselheiros federais. E entre essas partes existe todo um processo. Lang lembrou que quando assumiu a presidência do Confea, trouxe na bagagem experiência de duas administrações do Crea-SC e o conceito de uma gestão baseada num conjunto de valores institucionais. Entre este valores, adotados pelo Confea, citou a questão do consenso e da consistência legal. "Tudo que formos tratar tem que ser consensado, o quê significa compartilhamento de todas as decisões e responsabilidades. E tudo que fizermos tem que estar, rigorosamente, dentro dos padrões legais", explicou.O planejamento estratégico do Confea que hoje conta com 21 projetos foi montado a partir desses valores. "Este curso é um ação de um desses projetos, porque entendemos que a fiscalização é uma questão problemática que tem prioridade na busca da solução", enfatizou, informando que há outro projeto nessa linha voltado para os conselheiros federais, visando que eles sejam melhor informados sobre o Sistema do qual fazem parte.Falando sobre a importância da trabalho da fiscalização, Lang mencionou as ameaças constantes de extinção da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). "Cinqüenta por cento da nossa receita vem da ART. Projetos no Congresso Nacional querem extinguí-la. Se isso acontecer, 50% dos senhores estarão desempregados. Isso significa que temos que exercer cada vez com mais competência nossa ação fiscal para sensibilizarmos sociedade e parlamentares sobre a importância desse trabalho. Nosso sonho é que um dia a ART tenha valor único", disse.O presidente do Confea ressaltou que o trabalho dos ficais é a peça mais importante do Sistema e convidou todos os cursandos a serem multiplicadores das informações recebidas, enfatizando que o curso em término é apenas o começo de uma série de ações, que visam aperfeiçoar a ação dos fiscais.Gustavo Lange parabenizou o Confea pela iniciativa, falou sobre a meta de investir na qualificação dos agentes para um trabalho mais efetivo e na melhora das condições de trabalho dos mesmos.Avaliação - A edição do curso de Porto Alegre contou com a participação dos fiscais e gerentes de fiscalização do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, num total de 40 participantes. No encerramento um representante de cada Estado manifestou sua avaliação do treinamento.O fiscal Luis César Moro do Crea-PR agradeceu a receptividade do Cre-RS e a oportunidade criada pelo Confea. Lembrou o CreaSUL, evento que proporcionava troca de experiências entre os fiscais e outras categorias profissionais, a estilo do curso realizado. Criticou que o referido evento acabou porque teve seu objetivo modificado. E sugeriu ao Confea o resgate dessa oportunidade para todos.Kleber Medeiros, do Crea-SC, disse que o curso foi um fórum que chamou ao entendimento de procedimentos, que podem levar a um linha mais uniforme de ação fiscal. Também demonstrou saudades do CreaSul.A gerente do departamento de fiscalização do Crea-RS, Vera Regina de Menezes Fumagalli, classificou o curso como extremamente produtivo, mas ressaltou que ficaram muitas dúvidas. "Achei o conteúdo mais direcionado para assessores de câmaras", disse, explicitando acreditar que nas próximas edições haja aperfeiçoamento. Bety Rita Ramos - Da equipe da ACS