Brasília, 26 de fevereiro de 2016

“Logística e produção agrícola no Arco Norte” foi o tema da última palestra programada para o 5º Encontro de Líderes Representantes. Apresentado por Marcelo Cabral Santos, diretor de Infraestrutura, Logística e Geoconhecimento para o setor Agropecuário, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o tema atraiu os cerca de 600 participantes do encontro promovido pelo Sistema Confea/Crea e Mútua e que se encerra hoje em Brasília.

As perspectivas de desenvolvimento da agricultura na região do Arco Norte, que tem 120 milhões de acres agricultáveis, 61% deles na Amazônia, foi o ponto central da palestra que destacou as vantagens competitivas do projeto criado em 2010.

Com base em informações divulgadas pelo próprio Mapa, as exportações pelos portos do Arco Norte aumentaram 51% de janeiro a novembro de 2015, em comparação com o mesmo período de 2014, sendo que soja e milho atingiram 18,2% milhões dessa porcentagem. A expectativa do ministério é que os quatro estados possam embarcar 25,5 milhões de toneladas em 2016.

Os portos que compõem o Arco Norte são os de Itacoatiara (AM), Salvador e Ilhéus (BA), São Luís (MA) e Barcarena e Santarém (PA). São grandes as expectativas sobre a capacidade de exportação do Arco Norte, que deve aumentar em mais de 40% no próximo ano, conforme dados da Companha Nacional de Abastecimento (Conab). A estatal projeta uma colheita de 102,5 milhões de toneladas de soja, com embarques de 72 milhões de toneladas. A empresa também prevê uma safra de 72 milhões de toneladas de milho, com vendas externas de 30 milhões de toneladas.

“Entre os benefícios do Arco Norte, está a redução do custo logístico na exportação, o que reduz a pressão sobre os portos do Sul e Sudeste, devido à proximidade com as áreas de grande produção de grãos, como o Mato Grosso”, destacou Cabral.

Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea