Brasília, 9 de fevereiro de 2023.

A atuação do engenheiro ambiental foi destacada pelo gerente de Relacionamentos Institucionais do Confea, eng. amb. Renato Muzzolon Júnior, em entrevista ao canal Agro Mais. A profissão decorre diretamente da Eco-92, evento que discutiu a sustentabilidade do planeta no Rio de Janeiro. “Precisava-se não mais discutir o desenvolvimento a qualquer custo”, destaca. Segundo ele, a história da data comemorativa é relacionada à formação da primeira turma da área, em 31 de janeiro de 1997, na Unitins, atual Universidade Federal do Tocantins – UFT. “É uma profissão nova, mas que é muito atual em relação a várias temáticas que a gente precisa discutir em prol da qualidade de vida e da movimentação da economia”, aponta.

Renato Muzzolon considera importante falar da atuação em conjunto desses profissionais com os engenheiros agrônomos, ressaltando que a data possibilita reconhecer a atuação de entidades como a Federação Nacional das Associações de Engenharia Ambiental (Fneas). “Ela representa mais de 36 associações, que estão fazendo eventos para celebrar essa data. Estou aqui em São Paulo participando do I Encontro Nacional de Engenharia Ambiental e do IV Encontro Paulista de Engenharia e Sanitária. Estivemos com o presidente da Central Única das Favelas, Preto Zezé, discutindo políticas públicas relacionadas ao saneamento e ao planejamento urbano. Tivemos a participação da engenheira ambiental Bárbara Paiva, que criou uma garrafa que purifica e esteriliza a água através de luz azul”, disse, destacando outros pontos da programação disponíveis no canal do Youtube do Crea-SP.

Cidade e campo
Para ele, a engenharia ambiental “é a profissão do agora”. Renato Muzzolon Júnior afirma que a profissão discute temas estratégicos como os quatro pilares do saneamento básico: água, esgoto, drenagem e coleta de resíduos. “Os aterros sanitários em todo o país precisam ser aprimorados e controlados. Há uma série de políticas públicas necessárias para que a gente traga qualidade de vida para o cidadão brasileiro, na área urbana ou na área rural. Portanto, além do saneamento básico, a gente precisa discutir o planejamento urbano para tentar evitar o crescimento desordenado que nós temos não só nas áreas urbanas, mas também na região metropolitana das grandes cidades”, considerou.

Ainda durante a entrevista ao canal Agro Mais, o gerente de relacionamentos institucionais do Confea destacou o papel da Engenharia Ambiental junto ao produtor rural. “Nós fazemos um trabalho muito importante junto aos engenheiros agrônomos, eles na questão da produção e da logística do escoamento. Nós atuamos na preservação de nascentes e na logística reversa das embalagens de defensivos agrícolas, por exemplo”. Ele informa que hoje há mais de 40 mil profissionais da Engenharia Ambiental atuando no país. “A gente está para somar e trabalhar em conjunto com o engenheiro agrônomo, com o engenheiro eletricista, com engenheiro civil, com o engenheiro florestal, desde que haja a preocupação com o desenvolvimento sustentável e respeitando muito as competências e atribuições de todas as profissões que fazem parte do Sistema Confea/Crea e Mútua”, diz.

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea