Goiânia (GO), 6 de outubro de 2022.
Na tarde desta quinta-feira (6/10), os profissionais participantes da 77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), lotaram a sala 3 para assistir ao painel “Engenharia e Saúde: conexões para a vida”, moderado pelo presidente do Crea-BA, eng. agrim. Joseval Carqueija. A primeira palestra foi sobre “Riscos Biológicos e sua Interface com a Engenharia de Segurança do Trabalho”, ministrada pelo presidente da Associação dos Engenheiros de Segurança do Trabalho do Rio Grande do Norte (AEST/RN), eng sanit. e amb. Leandro Cabral de Medeiros.
Na sua fala, Medeiros destacou que no ambiente hospitalar temos várias categorias das engenharias, e que todas elas têm grande importância para o funcionamento e, principalmente, segurança no ambiente de saúde. “Hoje no ambiente hospitalar temos engenheiros civis, eletricistas, segurança do trabalho e mecânicos, e uma outra engenharia que está ganhando grande destaque é a engenharia biomédica. E todas têm papéis fundamentais para segurança dos agentes de saúde que ali trabalham e estão expostos aos riscos biológicos. A Engenharia tem a sua contribuição com a busca da prevenção de acidentes e promoção da saúde dos profissionais que estão ali cuidado das pessoas, e o papel da engenharia hospitalar é cuidar de quem cuida.”
A segunda palestrante do painel foi a conselheira regional do Crea-BA eng. civ. Civil Rute Carvalhal Borges, com a palestra sobre “A prática da Engenharia na saúde no período da pandemia da Covid-19”. A palestrante ressaltou a importância do trabalho de prevenção nas diversas áreas durante a pandemia. “Em relação ao trabalhador, ele pode ter carteira assinada, pode ser um pescador ou um agricultor sem vínculo, um catador de lixo, não interessa, ele é trabalhador e temos que ter sensibilidade, principalmente com os que têm menos conhecimento, eles não sabem a porta de entrada das doenças, temos que ter um olhar diferente.”
Fechando o painel, o assessor técnico do Crea/DF, eng. amb. e de seg. trab. Denilson Rodrigues Santana palestrou sobre “O Papel da Engenharia nos Serviços de Saúde”. Na oportunidade, o engenheiro salientou as deficiências e dificuldades enfrentadas pela saúde pública abrindo espaço para a saúde particular. “Estamos passando por uma crise na saúde pública que, gradativamente, vem se agravando dando aberturas para a saúde privada, para que se expanda, afinal, isso se tornou um grande negócio. Em parte, tem sido uma opção, àqueles que têm condição, no entanto, os que não têm estão em situação de abandono porque os investimentos na saúde pública estão decrescendo.”
Santana trouxe para os expectadores os pontos-chave para que a saúde pública possa melhorar, entre eles, infraestrutura hospitalar, melhores recursos humanos e a segurança do paciente. “Um hospital com uma boa infraestrutura resolve o problema do paciente e não o agrava, a exemplo de uma infecção hospitalar. No campo dos recursos humanos temos profissionais da saúde com a necessidade de serem bem geridos, havendo distinção do operacional e a gestão, de acordo como suas capacidades técnicas.”
“A cada dia que passa fica mais evidente que a saúde de modo geral, necessita da Engenharia para que ela seja mantida, tratada, remediada e até mesmo revistas as maneiras a se conduzir as ações em prol da saúde pública a exemplo da Covid-19.” E finalizou: “Temos que ressaltar o triste exemplo do Covid-19, mas o quanto isso exaltou o papel e a importância da Engenharia no papel da preservação da vida, assim como no tratamento” concluiu Santana.
Reportagem: Daniel Lobato (Crea-AC)
Edição: Fernanda Pimentel Confea) Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 77ª Soea
Fotos: Marcos Vinicius Miranda
