Brasília, 8 de outubro de 2021.
O Comitê Norueguês do Prêmio Nobel anunciou nesta sexta-feira (8) os vencedores do Prêmio Nobel da Paz, os jornalistas Maria Ressa e Dmitry Muratov. Com o apoio do Confea, o engenheiro agrônomo Alysson Paolinelli também disputava a premiação, acompanhando a indicação da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq). “Felicitamos os jornalistas vencedores, em um momento em que a defesa das liberdades de expressão e de imprensa seguramente ganha uma grande visibilidade e importância em todo o mundo democrático. Acreditamos que a contribuição do engenheiro Paolinelli continua sendo merecedora de todo o respeito da comunidade internacional por seu trabalho em favor da construção da segurança alimentar no país, experiência que, inclusive, pode ter inspirado o próprio Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), vencedor do Nobel da Paz de 2020”, disse o presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, lembrando que o apoio do Conselho foi manifestado ainda no início do ano.
O papel de Paolinelli para a redução da insegurança alimentar no país é reconhecido internacionalmente. “O Brasil já tornou conhecido o trabalho do geógrafo Josué de Castro, cujo ‘Geografia da Fome’ rompeu fronteiras e demonstrou ao mundo a realidade desse flagelo ainda vivenciado em nossos dias no país. E o trabalho de Alysson Paolinelli vinha no sentido de buscar interromper esse ciclo, valorizando a produtividade rural em áreas antes consideradas irrecuperáveis, como o cerrado brasileiro. Esse deve ser um dos principais desafios da humanidade, ao lado da proteção aos mananciais hídricos, o que nos faz acreditar que ainda será possível contemplar a candidatura do engenheiro agrônomo Alysson Paolinelli em uma nova oportunidade. Seria uma vitória para toda a humanidade”, considerou Joel Krüger.
Ainda na visão do presidente do Confea, o mundo necessita da determinação e da proteção ao livre exercício profissional dos jornalistas. “São dois contextos diferentes, o das Filipinas e o da Rússia, mas que bem poderiam expressar os anseios dos profissionais de comunicação brasileiros, que muitas vezes se veem ameaçados pelo poder público, como foi noticiado há um ano em relação ao jornalista Romano dos Anjos, torturado na capital de Roraima, em um caso que voltou recentemente ao noticiário. É preciso incentivar a liberdade de imprensa, salvaguardando a sociedade também daqueles que, na direção oposta, produzem Fake News. O exercício do jornalismo é uma atividade nobre que precisa ser protegida, diferente da divulgação de informações sem credibilidade, que muitas vezes prejudicam toda a sociedade, inclusive atacando o conhecimento científico que é a base das profissões regulamentadas pelo Confea”, comenta.
Equipe de Comunicação do Confea