Agronomia e Engenharia se destacam no cenário econômico brasileiro

Salvador, 27 de julho de 2020.

Vivemos um momento de crise na saúde mundial com um inimigo invisível que já matou mais de 83 mil brasileiros e contaminou 2,2 milhões de pessoas no país. São mais de quatro meses de orientação das autoridades pelo isolamento social, período que levou milhares de estabelecimentos a fecharem as portas ou a reinventar formas de permanecer no mercado. Neste cenário de incertezas, a Construção Civil e o Agronegócio são setores que não só resistem à pandemia do novo coronavírus, mas que têm um papel estratégico no cenário econômico do Brasil durante e no pós-pandemia.Segundo setor menos impactado pela pandemia do novo coronavírus, a construção civil atinge diretamente em outros 62 setores na área da indústria e comercial e mais 35 de serviços, envolvendo diversas modalidades de engenharia. De acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o segmento foi o que menos reduziu postos de trabalho, sendo responsável por mais de dois milhões de postos de trabalho diretos, um dos principais geradores de empregos do Brasil.


Abastecimento
Em nenhum momento da pandemia as prateleiras dos supermercados ficaram vazias. A produção de alimentos seguiu a todo vapor, graças ao esforço principalmente do agronegócio, único setor que apresentou resultado positivo no PIB do primeiro trimestre. Segundo informações do Ministério da Agricultura, o valor arrecadado no campo gira em torno dos R$ 120 bilhões e, até o fim de 2020, as lavouras devem render R$ 697 bilhões, R$ 7 bilhões a mais do que o previsto em março e 8,6% maior que em 2019. O setor é responsável por 20% dos empregos gerados no Brasil e realiza 40% das exportações.

Os reflexos positivos da atuação da Construção Civil e do Agronegócio são refletidos nos números do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia nos meses de abril, maio e junho. De acordo com dados da autarquia federal, foram emitidas nos três meses 16.315 Anotações de Responsabilidade Técnica de Engenharia Civil e 3.741 de Agronomia (confira os números detalhados a abaixo).

Ainda segundo as informações do Crea-BA, o mês de junho se destacou com 6.300 ARTs de Civil e 1.394 de Agronomia, representando respectivamente 53,31% e 11,8% do total de documentos emitidos pela organização. Outro número que revela o crescimento das profissões no período de crise é o de registrados nas áreas em 2020 – 986 novos engenheiros civis e 175 de engenheiros agrônomos, representando 55% e 10% do total de profissionais registrados.

Para o presidente em exercício do Crea-BA, engenheiro civil, de minas e de segurança do trabalho, José Francisco Ramalho, os números revelam muito sobre a importância e à responsabilidade das profissões. “A Engenharia vai ajudar a reconstruir o Brasil, a trazer de volta o ânimo aos investidores e entusiasmo aos empresários e trabalhadores brasileiros. Nosso papel é viabilizar o mercado aos profissionais dessas áreas, dando segurança à sociedade e permitindo que o nosso país continue avançando, sempre com a boa técnica e profissionais devidamente habilitados", finaliza.


Confira detalhes dos números do Crea-BA


ARTS registradas em 2020

Abril

Civil (4.669/53,86%)

Agronomia (1.127/13,01%)

Maio

Civil (5.346/54,9%)

Agronomia (1.220/12,53%)

Junho

Civil (6.300/ 53,31%)

Agronomia (1.394/11,8%)

 

Registros de 2020

Engenharia Civil - 986 (55%)

Engenharia Agronômica – 175 (10%) 

 

Nadja Pacheco
Assessoria de Comunicação do Crea-BA