Brasília, 21 de julho de 2020.
"Às vezes, o exercício da profissão é monótono, chato, mas a inovação é importante. A essência da engenharia é sua capacidade de criar o tempo todo. É preciso saber explorar as possibilidades”, ensinava o engenheiro Márcio Damazio Trindade, 82 anos, falecido na 2ª feira, 20/07, em Belo Horizonte (MG), vítima da Covid-19.
Nascido em Belo Horizonte, em 1937, e formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1963, Márcio Trindade de tornou empresário – esteve à frente do Instituto Nacional de Desenvolvimento das Indústrias (Indi) e fundou a Telemont, empresa de telecomunicação. Junto a entidades representativas da engenharia de Minas Gerais, teve atuação destacada, como quando presidiu a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), por dois períodos, entre 2005 e 2011. Sem perder o compasso dos avanços da tecnologia, ele comandou a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).
Para o também engenheiro Osmar Barros Júnior, que exerce o cargo de presidente do Confea, “Minas Gerais perde uma liderança que fará falta nos momentos difíceis que estamos vivendo quando a criatividade é a chave para a solução de muitos problemas”. Ao se referir a uma das frases de Trindade: “a cabeça branca está sendo esquecida”, Osmar disse que “o país perde uma das cabeças brancas mais notáveis que a engenharia nacional já teve e que não será esquecida”.
Ronaldo Gusmão, atual presidente da SME afirmou que “a engenharia mineira está de luto e, ao mesmo tempo, agradecida pelo empenho como ele atuou pela comunidade”.
Márcio Damazio Trindade deixa esposa, quatro filhos e um neto.
Seu corpo foi cremado e as cinzas serão levadas para a cidade mineira de Ouro Preto.
Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea