Mário de Oliveira Antonino

Engenheiro Civil pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1958; Bacharel em Matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em 1957; Cursado em Mecânica dos Solos e Fundações, pelo Instituto Tecnológico de Pernambuco, em Concreto Protendido, pelo Instituto de Pesquisas Rodoviárias, em 1970 e em Psicologia Aplicada ao Trabalho, pela Escola de Engenharia da UFPE; Bolsista do Instituto de Matemática da UFPE, onde aprofundou seus estudos entre 1957 e 1961  

Nascimento: Serra Branca (PB), 30 de junho de 1933
Indicação: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE)


Ávido por aprender e por ensinar, Mário de Oliveira Antonino, 86 anos, profissional, empresário e professor reconhecido pela larga experiência, energia e dedicação, acredita que “compartilhar conhecimentos é um dos prazeres da vida” assim como “ser útil às futuras gerações”.

Apaixonado pela profissão e pela família – casado com Celma Costa Dantas Antonino, pai de cinco filhos e avô de 10 netos –, Mário se define como “um executor de obras”.  Diz que seus saberes foram adquiridos à medida que os desafios iam surgindo. Um deles foi a “necessidade de aprofundar os conhecimentos em Matemática, a base de uma boa Engenharia”, ensina. Outro, relembra, foi estudar Psicologia Aplicada.

“Compartilhar conhecimentos é um dos prazeres da vida.”

Construtor de mais de uma centena de obras (igrejas, hospitais, prédios residenciais, comerciais e universitários, hotéis), Mário se confessa “um homem de fé” e faz questão de contar que chegou a ser diretor internacional do Rotary Clube.

Ao fazer uma retrospectiva da vida profissional que soma 59 anos, Mário revela um certo orgulho,  discreto mas indisfarçável, quando fala dos Terminais Açucareiros de Recife e de Maceió, obras que assina como chefe do corpo técnico e coordenador-geral da construção, respectivamente: “Engenheiros de outros países visitavam as construções,  mesmo depois de prontas”. 

“São obras de engenharia fascinantes. Com elas, fomos pioneiros no mundo”, afirma o professor Mário, que completa: “Elas colocaram o Brasil na liderança de transporte do açúcar em âmbito mundial. Nosso país implantou um sistema de embarque de mil toneladas de açúcar/hora a granel, além de quatro mil sacos que poderiam ser embarcados automaticamente”.

Trocar as horas de lazer por horas de estudo para dar conta de todas as atividades foi uma de suas opções de vida. Seu portfólio dá uma mostra de sua produção que registra diversos tipos de obras. Antonino é reconhecido pela larga experiência, energia e dedicação, além da reconhecida paixão pelo que faz: “Paixão, sim, com toda a pureza“, confirma.

“São obras de engenharia fascinantes. Elas colocaram o Brasil na liderança de transporte do açúcar em âmbito mundial."

Terceiro dos cinco filhos de Antônio Antonino Sobrinho, agricultor, pecuarista e comerciante, e de Maria Cristina de Oliveira Antonino, “a 1ª professora de Serra Branca”, Mário conta que a família se mudou para Pernambuco quando o pai resolveu abrir negócios na capital. 

Em Recife, onde mora, Mário dá expediente diário. Seu projeto atual são os “Cadernos do Semiárido”, projeto realizado pelo Crea-PE em parceria com diversas instituições.

“O Semiárido é rico em todas as áreas, não precisa de doações e sim de oportunidades. Os Cadernos são levados a moradores, agricultores, líderes, estudantes, professores e pesquisadores com informações sobre agricultura irrigada, a biodiversidade da caatinga, uma agricultura sustentável e questões ligadas ao perímetro do São Francisco e Juazeiro (PE)”. 

Mas como a vida segue, além dos Cadernos, Mário se ocupa das atividades do Conselho Fiscal da Fundação Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep), desde 1995, onde é o atual presidente. 


Trajetória Profissional

Professor titular das cadeiras de Análise Matemática I, II e III, da Faculdade de Filosofia e Letras e de  Construção de Edifícios do Departamento de Engenharia Civil, da Universidade Católica de Pernambuco - Unicap (1960-1965); Na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, deu aulas de Análise Matemática I, na Faculdade de Filosofia, de Cálculo Diferencial e Integral II, na Escola de Engenharia, deu aulas de Matemática e Estatística  no curso de História Natural da Faculdade de Filosofia (1961-1967), e foi professor do Departamento de Matemática do Centro de Tecnologia e Ciências Exatas (1971-1973); Professor de Cálculo Diferencial e  Integral II, no Instituto de Matemática; de Matemática Avançada  do curso de Mestrado em Bioquímica do Instituto de Biociências (Departamento de Bioquímica);  Coordenador das disciplinas  Cálculo III e IV, do Centro de Tecnologia-Área II; Das disciplinas Construção de Edifícios I e II do Departamento de Engenharia Civil  (1961-1990); Membro de Bancas Examinadoras (1963-1972); Chefe do Departamento de Matemática (1975-1978); Obras construídas: Em Pernambuco: Terminal Açucareiro do Recife (1969-1971); Edifícios residenciais e comerciais; Prédios do Centro de Ciências Sociais e da Reitoria da Unicap; igrejas e hospitais,  em  Recife; prédios da Petronor-Petrolífera Nordestina Ltda., em Olinda;  Centro de Treinamento e Colégio Diocesano, em Floresta;  Em Alagoas: Terminal Açucareiro de Maceió (1975-1978); Entre os cargos públicos, foi chefe de gabinete da Secretaria do Governo de Pernambuco (1973-1975);  Coordenador do Grupo Executivo do Polo Metropolitano (1979); Coordenador do Projeto Asa Branca, criado para fortalecer a infraestrutura na área do Polígono das Secas; Membro e Presidente do Conselho Fiscal da Companhia Energética de Pernambuco (1993 -1995); Membro do Conselho Fiscal da Fundação Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep), desde 1995 e atual presidente.