Construtores querem a reforma trabalhista

Porto Alegre, 06 de maio de 2011.

O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, afirmou que a construção civil é um setor de grande relevância para o desenvolvimento do país. Segundo ele, a atividade, devidamente incentivada, demonstrou grande eficiência como geradora de emprego. O deputado foi palestrante do Sinduscon-RS, em reunião-almoço realizada n segunda-feira (02/05), com a presença do presidente do CREA-RS, Eng. Luiz Alcides Capoani. Na oportunidade deputado apresentou pontos prioritários que deverão ser discutidos na Câmara no próximo período: as reformas política e tributária, o novo sistema eleitoral, o combate a pobreza, educação, saúde, infraestrutura, a Lei 86.666, o combate às drogas e segurança.

Ao abordar temas mais pontuais, o deputado Maia destacou o Código Florestal. A matéria em vias de ser votada, está tramitando na Câmara desde 1999. Após 12 anos de discussão com ambientalistas e agricultores, o Governo acredita ter atingido 98% de consenso nas alterações propostas. “Com o novo Código Florestal, pretende-se criar meios de proteção ao meio ambiente, sem frear a produção agrícola no País”, salienta Maia. Ressaltou que os debates não contemplaram proteção ao meio ambiente das cidades. “Esta avaliação ficará para um segundo momento”, afirmou.

Ao mesmo tempo em que os construtores e líderes sindicais presentes ao evento ficaram atentos aos princípios que estão norteando a proposta da tão esperada reforma tributária, com destaque ao fim da guerra fiscal, à unificação de impostos, desoneração de setores produtivos, estes reivindicaram que a reforma trabalhista também entre na pauta da Câmara. “O Brasil vivencia um forte ritmo de crescimento econômico, e a atividade da construção civil vive o momento de pleno emprego. O setor é o segundo maior empregador do RS (130 mil trabalhadores), mas enfrenta a falta de mão de obra, pois a legislação vigente, com medidas protecionistas e de levado encargos sociais, tem aumentado o número de trabalhadores que preferem atuar na informalidade (hoje estimados em 150 mil)”, justificou o presidente do Sinduscon-RS, Eng. Paulo Vanzetto Garcia. Sensibilizado com o pleito, Marco Maia convidou o Sindicato para iniciar as discussões trabalhistas, participando de grupo específico no Congresso Nacional, que quer tratar do tema da terceirização na contratação de trabalhadores.

Crea-RS
Com informações do Sinduscon