Reuniao em Fortaleza debate questoes ambientais e gramados esportivos
Última atualização: 20/04/2011 às 12h52
Fortaleza, 19 de abril de 2011.
O papel do engenheiro agronomo na construcao de gramados de estadios de futebol, ate mesmo para evitar riscos ao desportista, foi ressaltado, na manha de hoje, no segundo dia de realizacao da 2a Reuniao da Coordenadoria de Camaras Especializadas de Agronomia (CCEAGRO), que comecou ontem, dia 18, e termina amanha em Fortaleza, no Hotel Beira Mar, numa promocao do Confea e do Crea-CE.
A exposição sobre projetos e atividades envolvendo a agronomia com vistas à Copa de 2014 contou com a participação do eng. agron. Antônio Alves, da Green Leaf Gramados, empresa nacional credenciada pela Fifa para executar as obras de implantação dos gramados de diversos estádios do País, tais como o Maracanã e Engenhão, ambos no Rio de Janeiro, e o Castelão, na capital cearense. Segundo Antônio Alves, é de fundamental importância que o engenheiro agrônomo esteja inserido nesse processo como uma forma de possibilitar que os gramados esportivos apresentem os padrões propostos pela Fifa.
Já a coordenadora adjunta nacional da Câmara Especializada de Agronomia, Maria Helena Araújo, lembrou que a contratação desse profissional é indispensável porque "é ele que tem os conhecimentos necessários de solo, que é a base do gramado, fisiologia da planta, irrigação e drenagem". Além disso, adiantou que os gramados são palcos de competições futebolísticas, um dos maiores espetáculos do País.
Além do manejo de pragas, visando ao controle de invasores, o acompanhamento do agrônomo na construção e manutenção dos gramados possibilita que se evite riscos à integridade física dos atletas. "O profissional previne que o solo seja compacto (muito duro), e que tenha problemas de drenagem, com poças e buracos", observou Antônio Alves.
CÓDIGO FLORESTAL A 2º CCEAGRO - que conta com a presença de representantes das coordenadorias de todos os Estados da Federação e do Distrito Federal, de quatro conselheiros federais, assessores e pessoal de apoio do Crea-CE - iniciou seus trabalhos ontem com a atenção voltada, principalmente, para o Código Florestal Brasileiro. O evento foi aberto pelo presidente do Crea-CE, engenheiro eletricista Antônio Salvador da Rocha, que agradeceu a participação de todos, enfatizou a importância das discussões e dos trabalhos das câmaras especializadas "que sempre buscamos dar o nosso apoio".
Ainda na manhã de ontem, os coordenadores das Câmaras Especializadas discorreram sobre antigas e novas leis que esbarram nos processos ligados à agronomia e apresentaram propostas para a elaboração de um acordo que atenda às expectativas dos agrônomos e dos ambientalistas.
Maria Helena de Araújo, que também é coordenadora de Câmaras Especializadas de Agronomia no âmbito do Crea-CE, ressaltou que o evento colocou entre seus principais assuntos em discussões a questão do uso de agrotóxicos. Em sua opinião, a questão ganha cada vez mais destaque na sociedade moderna e está intimamente ligado à evolução do setor agrícola. O uso racional dos agrotóxicos, a fiscalização e o receituário agronômico são assuntos de extrema importância para a CCEAGRO, enfatizou Maria Helena.
