CREA-RJ e MP analisam sistema de manutenção da Light

Rio de Janeiro, 14 de abril de 2011.

Representantes da Light se reuniram, na sede do CREA-RJ, com fiscais, conselheiros e membros da Comissão de Análise e Previsão de Acidentes (Capa) do Conselho, para esclarecer os procedimentos que serão adotados na manutenção das câmaras transformadoras do Rio de Janeiro. André Velloso, gerente de rede subterrânea da empresa, explicou quais os equipamentos utilizados na cidade e tirou dúvidas dos especialistas.

Segundo ele, a empresa elétrica vai instalar, inicialmente, sensores de gás-inflamável, oxigênio, temperatura e alagamento em 1170 câmaras consideradas críticas. De acordo com os dados apresentados, o critério utilizado para classificar as câmaras levou em consideração o número de pessoas que circulam na área.

Também participaram da reunião, realizada no dia oito de abril, o promotor do Ministério Público, Pedro Rubin, o presidente e o vice-presidente do CREA-RJ, Agostinho Guerreiro e Clayton Guimarães, respectivamente.

Para o coordenador da Capa, Luiz Antônio Consenza, a Light precisa modernizar rapidamente as câmaras subterrâneas da cidade. Ele comparou dois tipos de mecanismos utilizados, hoje, pela concessionária. “Vemos muitas diferenças entre as câmaras do Centro e a de Copacabana. As da região central são monitoradas com sensores de gás, de corrente. As chaves de proteção não existem em Copacabana. Nós esperamos que a Light instale os sensores, o mais rapidamente possível, em todas as câmaras”, afirmou.

Ainda segundo Velloso, que o Rio apresenta também dificuldades com relação à segurança pública. “Os equipamentos das câmaras sofrem diversos furtos. Nós tivemos várias câmaras que foram roubadas, levando parte de nossos equipamentos. Estamos aumentando a traça de concreto para dificultar essa ação. Há duas semanas um homem foi preso em flagrante tentando roubar nossos equipamentos e é a terceira vez que ele é preso”, relatou.

O promotor público, Pedro Rubin, enfatizou a urgência da concessionária em adotar um sistema de segurança mais eficaz. “Todas as câmaras subterrâneas da Light têm que ter um mecanismo de controle para alertar quando houver concentração de gás”.

Para Agostinho é fundamental a participação do Conselho na fiscalização das câmaras.  e,  , ele afirma que o Conselho fará uma intervenção mais firme. “A empresa tem que resolver os problemas a curto prazo. Caso contrário ou em havendo novas explosões, o MP com o apoio do CREA-RJ irá realizar uma intervenção mais firme.”

No dia anterior à reunião, o CREA-RJ e o Ministério Público (MP) fizeram vistorias nas principais câmaras subterrâneas de Copacabana e do Centro do Rio de Janeiro. A concessionária informou que o objetivo para este ano é modernizar o equipamento de 500 câmaras.

Crea-RJ