Juruti ganhará nova Inspetoria do CREA-PA

Com esta implantação o Conselho somará 19 Inspetorias atuando no interior do Estado.

Pará, 16 de março de 2011.

"Estamos seguindo o rumo dos projetos minerais para expandir o CREA-PA?" é o que afirma o presidente do CREA-PA quando questionado sobre as razões da escolha do município de Juruti, Oeste do Pará, para sediar a mais nova Inspetoria do Conselho, que será inaugurada hoje. De acordo com ele, o fato do potencial mineral da região se configurar como um dos maiores do mundo representa um motivo mais do que justificável para o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Pará se fazer ainda mais presente na região.

"O potencial mineral da região faz com que as constantes atividades da área tecnológica exijam do Conselho a implementação de sua representação em Juruti, para o melhor cumprimento da função precípua de fiscalizar o exercício profissional naquela região", afirma a superintendente do Conselho, Andrea Cáceres. 

Expansão mineral
Com aproximadamente 34 mil habitantes, Juruti possui uma das maiores minas de bauxita, principal fonte de obtenção de alumínio, que atrai grandes empresas a exemplo da ALCOA, empresa norte-americana, produtora e fornecedora de alumínio. Além de ser de alta qualidade, a bauxita de Juruti aos poucos proporciona um crescimento econômico estável para a região.

Com a implantação da Inspetoria, o CREA-PA visa aumentar a aproximação existente entre o Conselho e os profissionais da classe tecnológica para que, desta forma, seja garantido apoio inclusive para o crescimento do município e dos profissionais locais. De acordo com a superintendente do Conselho, ao acompanhar as atividades tecnológicas desenvolvidas de forma a exigir que cada atividade seja realizada por um profissional habilitado, "o Conselho estará contribuindo com a defesa da sociedade". 

Carência de profissionais
Segundo o Confea, se formam anualmente no Brasil 23 mil engenheiros. Porém este número é insuficiente para atender as diversas atividades que demandam mão de obra especializada. A carência não é exclusividade dos brasileiros. Países como os Estados Unidos também necessitam de profissionais. A gigante economia norte-americana demanda 100 mil engenheiros por ano - 30% deste total são de outros países.

A carência mundial tem reflexos locais. O "canteiro de obras" que se tornou o Pará faz da região uma unidade importante para o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Hoje, trabalham legalmente nos municípios do Estado aproximadamente 20 mil profissionais de diversas modalidades do segmento tecnológico. Deste total, um pouco mais de 18% são de outras regiões do país, como São Paulo e Minas Gerais - Estados de onde partem 40% dos profissionais que atuam no Pará.

A vinda destes profissionais para o Norte tem como fator atrativo a expansão agrícola, os projetos minerais e as obras de infra-estrutura do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), que segundo o Governo Federal, pretende investir no Pará cerca de R$ 18,3 bilhões. Uma parcela destes recursos está destinada à conclusão das Eclusas de Tucuruí. Segundo dados do setor de construção da Eletronorte, desde o início das obras, em 1981, já foram gerados 3.500 empregos diretos e 12 mil empregos indiretos. Deste total, cerca de 300 profissionais eram ligados aos Crea?s. A maioria, segundo a empresa que administra as obras, era de outros Estados. 

Crea-PA