Goiânia, 3 de março de 2011.

O Crea-GO realizou no dia 1º de março, no plenário da Autarquia, um encontro que discutiu problemas dos lixões às margens do Ribeirão João Leite, hortaliças urbanas e desmatamentos irregulares dentro do município de Goiânia.

O evento contou também com as presenças de vários representantes de entidades, são elas: o chefe da divisão de aterro sanitário da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Wellington Keberling; o coordenador da unidade de agrotóxico (Gerência de Sanidade Vegetal) da Agrodefesa, José de Souza Reis Filho; a gerente de tratamento de esgoto e presidente da Associação dos Engenheiros da Saneago (Ases), Marisa Piguinatário Sant’ Anna; o delegado da Divisão Especializada em Meio ambiente (Dema), Luziano Severino de Carvalho; o representante da Comissão da Câmara Municipal do Meio Ambiente, Cristiano Craveiro de Sá; e o representante da Área de Preservação Ambiental (APA) do Ribeirão João Leite, Adilson José da Silva. O presidente do Crea-Go, eng. Civil Gerson Taguatinga, também participou da reunião.

Durante a reunião, o professor e engenheiro Agrônomo Anatoly Kravchenko exibiu imagens captadas via satélite que mostram alguns dos problemas ambientais recorrentes na capital. “As imagens deixam bem claro os problemas que ainda vamos enfrentar no futuro. O que já estamos enfrentando e os que ainda vamos enfrentar mais”, complementa Adilson José representante da APA.

Um dos problemas identificados pelas imagens está a situação do Rio João Leite, onde os lixões, em torno do rio, estão alcançando as margens. As imagens apontaram também casos de desmatamentos irregulares, de dentro para fora das reservas como tentativa de maquiar o crime ambiental.

Outra situação que chamou atenção foi a quantidade de hortas comerciais dentro do perímetro urbano. De acordo com os dados do professor Kravchenko são mais de cem hortaliças comerciais. E segundo as imagens, a maioria dessas hortas está concentrada nas margens de rios que provavelmente estão sendo utilizadas para irrigação com água contaminada. Por meio de visitas realizadas pelos fiscais do Crea-GO, em novembro de 2010, foi constatado que as hortas visitadas não contam com o acompanhamento técnico de um profissional para a administração de inseticidas. Para o professor Anatoly Kravchenko o objetivo das imagens exibidas é mostrar que a tecnologia dos satélites pode ser utilizada na área ambiental. E a partir dessas imagens as autoridades competentes possam identificar com rapidez o problema e sua possível solução.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Crea-GO