Representantes das três esferas de Governo debatem os desastres da Região Serrana

Crea-RJ copatrocina fórum sobre o assunto.

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2011.

Pouco mais de um mês após as chuvas que devastaram a Região Serrana do Rio de Janeiro, o Fórum “Desastres na Região Serrana” (assista à matéria da WEBTV CREA-RJ ), organizado pelas principais entidades de classe e instituições de ensino do estado, desponta como espaço de discussão, entre poder público, técnicos e sociedade civil, sobre os riscos e soluções para cidades mais seguras. Durante o evento, coordenado pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado do Rio de Janeiro (SENGE/RJ), o presidente do CREA-RJ, o engenheiro agrônomo, Agostinho Guerreiro, destacou a importância de soluções conjuntas.

“Catástrofes como esta nos convocam a tomar prontas medidas. Em alguns países, a ação conjunta na prevenção para atenuar os efeitos desses desastres têm salvado vidas", enfatizou Agostinho Guerreiro.

Segundo último balanço da Polícia Civil do Rio, divulgado no último dia 12, já foram contabilizados 904 mortos em consequência das chuvas do começo deste ano. A cidade mais atingida pela tragédia é Nova Friburgo, que registra 426 vítimas fatais. Teresópolis contabiliza 381 mortos, Petrópolis 71, Sumidouro 21, São José do Rio Preto quatro e em Bom Jardim um morador faleceu. No último balanço divulgado pela Secretaria de Saúde do Rio, o número de desabrigados (que perderam suas casas e recorreram aos abrigos públicos) em razão das chuvas chegava a 8.777, enquanto os desalojados (que perderam suas casas, mas estão morando na casa de parentes) somavam 20.790.

De acordo com levantamento da Secretaria Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, o Brasil apresenta, hoje, cerca de 200 municípios completamente vulneráveis a desastres naturais. Celso Carvalho, o titular da Pasta, garantiu que a prevenção já está sendo vista como parte fundamental da Política Urbana.

“Reduzir riscos, eleger padrões de segurança e permitir a intervenção pública no Mercado de Terras são ações urgentes dentro da Política Urbana desses municípíos”, disse Celso Carvalho.
Também presente no primeiro dia do Fórum, Armim Augusto Braun, Chefe do Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil, vinculado ao Ministério da Integração Nacional, lembrou que, depois da prevenção, o desafio será criar mecanismos de respostas eficazes e garantir a continuidade de recursos para tais.

No Rio de Janeiro, em 2010 foram investidos R$ 145 milhões em obras e medidas emergenciais pela prefeitura, através da Geo-Rio – o maior investimento dos últimos 10 anos. Para 2011, outros R$ 123 milhões estão previstos, segundo Márcio Machado, presidente da Fundação Geo-Rio.

Fonte: Crea-RJ