Brasília, 30 de março de 2006
“O Brasil tem todas as condições de adotar o seu próprio modelo de sistema de TV Digital”. Essa foi a tese levantada pelo eng. eletricista Carlos Augusto Rocha, na palestra que proferiu sobre o tema para cerca de 340 participantes do Encontro Anual das Câmaras Especializadas dos Creas.
A palestra foi uma aula expositiva sobre TV Digital. Rocha falou das vantagens que o sistema proporciona, como melhor qualidade de imagem e som, serviços interativos, acesso à internet e vídeo.
A TV Digital poderia ser usada como um meio de inclusão digital, pois o usuário teria acesso aos serviços de educação, e-mail e todos os recursos que a rede mundial de computadores oferece, principalmente, programas educativos.
Em 2004, o Brasil decidiu investir R$ 38 milhões em pesquisas para o desenvolvimento do SBTVD. Pesquisadores da Universidade de São Paulo, Mackenzie, Unicamp e PUC do Rio de Janeiro fizeram testes de transmissão e de interatividade.
Em 2005, foi entregue ao governo o resultado das pesquisas realizadas pelo Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações) sobre o sistema de transmissão de TV Digital com tecnologia nacional.
Para Rocha, o debate atual se dá em relação ao modelo que o governo brasileiro vai adotar. Além dos padrões americano, europeu e japonês, o Brasil também dispõe do seu próprio modelo, que é o Sistema Brasileiro de TV Digital.
Segundo ele, apesar da tendência do governo brasileiro escolher o padrão japonês, que é considerado o mais completo e o mais adequado às necessidades brasileiras, o governo não pode deixar de lado o seu próprio sistema.
“Acho que uma boa alternativa seria adaptar o modelo japonês às nossas necessidades e características, já que qualquer opção a ser feita exigirá essa adaptação”.
Isabel Almeida
Da equipe da Acom