Wilson Lang participa de debate na AMI

São Luiz, segunda-feira, 22 de abril de 2002. A Associação Maranhense de Imprensa (AMI) realizou neste final de semana um congresso para discutir os rumos da profissão de jornalista com o fim da exigência do diploma para exercer a função. Participaram da palestra o presidente do Confea, o engenheiro Wilson Lang; o delegado do Trabalho, Lourival da Cunha; o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Leonardo Monteiro, e as jornalistas Lissandra Leite e Edvânia Kátia, da AMI. Ética, desenvolvimento profissional e mobilização foram os dois assuntos que marcaram as discussões sobre o fim da exigência de diploma para exercer a atividade de jornalista. À frente de um sistema que congrega mais de mil categorias, 850 mil profissionais, 27 conselhos regionais e 31 associações de classe em todo país, Wilson Lang defendeu a formação de organizações sociais, como a AMI, como ponto de partida para gerar mudanças nas medidas tomadas pelo governo. "Eu sou um espelho da organização que eu represento. Se eu não pertenço a nenhuma delas, eu não sou nada. A sua capacidade de promover mudanças é maior quanto maior for a sua participação em organizações sociais", disse o presidente do Confea. Ele falou ainda que os valores éticos que norteiam o sistema Confea-Crea deveriam fazer parte de todas as demais instituições sociais. Para o delegado do Trabalho no Maranhão, Lourival da Cunha, a inexigibilidade do diploma para jornalista é uma questão polêmica e angustiante. Desde o ano passado que as DRTs de todo país foram comunicadas da liminar que derrubou o diploma e estão obrigadas a conceder registro precário a quem desejar exercer a função. "Acho um absurdo uma profissão tão nobre ficar sem o mínimo de critério", criticou Cunha, acrescentando que já existem quatro pedidos de registro de acordo com a liminar ganha pelo Ministério Público Federal e que ele não tem estimulado essas pessoas a pegarem o diploma. Assim como o presidente do Confea, o delegado da DRT-MA se dispôs a empreender todos os esforços para que essa situação possa ser revertida em prol da categoria. Com a eleição da diretoria da Associação Maranhense de Imprensa (AMI), os profissionais da área deram um importante passo para a mobilização. É através dela que se pretende promover mudanças necessárias ao exercício da profissão de jornalista no Estado. Alguns documentos, como carta de repúdio, e outras ações deverão feitas nesse sentido. "O primeiro passo é ter conhecimento do que está acontecendo e o segundo é a mobilização, que hoje ainda está fragmentada, isolada", analisou a jornalista Lissandra Leite, da AMI. Mata Roma