Marina Silva defende reforma tributária que inclua questão ambiental

Mato Grosso, terça-feira, 4 de fevereiro de 2003. (Agência Brasil) A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse na última sexta-feira, no Rio de Janeiro, que existem atualmente no Congresso Nacional vários projetos que podem ser analisados nas discussões para formulação da reforma tributária. Um deles é de autoria da própria ministra e prevê a criação de uma reserva composta por recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Marina Silva informou que, de acordo com o projeto, as regiões Sul e Sudeste entrariam com um percentual de 1,5% e as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com 0,5%. O dinheiro seria usado para a implementação de política com critério de sustentabilidade em áreas de preservação permanente, reservas extrativistas e áreas indígenas demarcadas.A ministra citou o estado de Roraima, que possui 50% de áreas protegidas e seria beneficiado com um adicional de R$ 50 milhões por ano para investimentos com qualidade ambiental em atividades desde a pecuária, exploração de madeiras, agrícola familiar, pesquisas e tecnologia adaptada. "São exemplos de como podemos discutir o investimento econômico, além de ações no âmbito dos ministérios do Planejamento e da Fazenda, que incluam a questão ambiental nas agência de fomento", explicou a ministra. Marina Silva pretende contar com apoio da bancada do governo para aprovar no Congresso projetos de interesse do meio ambiente. "É fundamental o apoio da bancada. Essa construção é no Executivo e no Legislativo. Como alguém que tem origem no Legislativo, acho que a contribuição no Congresso é imprescindível em todas as reformas que o presidente Lula está fazendo", concluiu. Antônio Lemos