Impacto ambiental também foi debatido

Cuiabá (MT), terça-feira, 22 de julho de 2003. A degradação ambiental causada pelo garimpo é conhecida pelos moradores de cidades como Poconé, Alto Paraguai e Alta Floresta, no interior do estado de Mato Grosso. A conciliação da exploração garimpeira, bem como a redução e correção dos impactos ambientais, foi discutida durante o I Fórum de Nacional Sobre o Controle da Produção de Diamante - Certificação do Processo Kimberly. "Um plano de lavra garimpeira feita por um engenheiro de minas ou um geólogo minimiza a degradação", afirma o diretor de Desenvolvimento e Economia Mineral do Departamento Nacional de Produção Mineral (Didem-DNPM), Antonio Fernando da Silva Rodrigues. O profissional faz um cronograma de exploração para que a atividade se desenvolva com o impacto ambiental mínimo. Estão incluídos em suas atribuições um programa para a reabilitação da área garimpada.Foi ressaltado, no fórum, a importância das prefeituras na preservação das áreas. "A prefeitura tem o contato diário e direto com o problema. Muitas vezes, problemas de comunicação e corporativos dificultam a resposta do DNPM. As prefeituras são as primeiras fiscalizadoras dos garimpos", alerta Antonio Fernando da Silva Rodrigues.A solução para o aproveitamento da área, anteriormente garimpada, está caminhando a passos largos no município de Alta Floresta. Segundo o diretor do Didem, o espaço está sendo aproveitado com a implantação de tanques para a piscicultura. Enquanto em Mato Grosso os tanques são povoados por peixes tambaquis, no Amazonas projeto semelhante abriga matrinxãs.A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) acompanha o trabalho em Alta Floresta, que vem apresentando resultados positivos. "Estão sendo feitos testes para saber se o peixe tem algum resíduo de produto químico. Eles estão se preocupando com os efeitos sobre a vida das pessoas", comenta Antonio Fernando da Silva Rodrigues. Caroline Rodrigues - Crea-MT