quinta-feira, 24 de maio de 2001. "O rio não se suicida, ele é morto. Então, a própria

obra tem um grande significado de revitalização do rio", dizia o Presidente do CONFEA, Eng.º Civil Wilson Lang, no Seminário "Transposição das Águas do Rio São Francisco, realizado no ano passado na sede do próprio Conselho. O assunto "revitalização do São Francisco" voltou à tona e dominou a pauta do encontro de Lang com o diretor da Agencia Nacional das Águas (ANA), Lauro Figueiredo, ocorrido 21 de maio último, na sede da Agência em Brasília. A visita teve o objetivo de apresentar à ANA as diretrizes que hoje norteiam o Sistema CONFEA/CREA, para que os dois órgãos possam desenvolver futuras parcerias. Expondo sobre o programa "Fóruns Temáticos", desenvolvido pela Comissão de Assuntos Nacionais (CAN), Lang apresentou as questões que foram objetos de discussão no ano passado como: desastres ambientais, Norma Regulamentadora n.º 4, que trata da segurança e medicina do trabalho, legislação sobre Agrotóxicos e a Transposição das Águas do Rio São Francisco, assunto de maior concentração da conversa pela afinidade da ambos com a questão. Lang contou do envolvimento do Sistema CONFEA/CREAs com a discussão da transposição do "Velho Chico", lembrando que o assunto já é tratado pelo Sistema desde 1994, quando fez parte da 51ª Semana Oficial de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (SOEAA), realizada em João Pessoa, foi objeto do Seminário, transformado em livro, e voltou a pauta da 58º SOEAA no ano passado, em Salvador. "Estávamos organizando um encontro, com o CREA de Sergipe e a Universidade Federal daquele Estado, para discutir o Relatório de Impacto Ambiental, quando o governo adiantou as audiências públicas sobre o assunto, que acompanhamos através dos CREAS", relatou Lang, ressaltando a defesa do Sistema pela revitalização do rio, e a disposição e inteligência da engenharia nacional para resolver qualquer problema ambiental que a obra da transposição possa causar. Ele lembrou ainda, que uma grande preocupação sua, exposta nos vários fóruns para os quais tem sido convidado a falar sobre o assunto, é a questão da relocação da mão-de-obra que explora atividades poluentes nas margens do rio São Francisco, como a carvoaria, por exemplo. Lauro Figueiredo ressaltou que a ANA é um canal aberto para parcerias com o CONFEA. "Temos em comum diversos interesses na área ambiental", disse, sugerindo, inclusive, parcerias nos Estados através das Secretarias do Ministério do Meio Ambiente e os CREAs. Além de Wilson Lang e Lauro Figueiredo, participaram do encontro o Eng.º Químico Jair Sarmento e o Coordenador da CAN, Eng.º Eletricista Edison Macedo. O primeiro, sugeriu que os CREAs participem dos Comitês de Bacias nos Estados, que estão em processo de formação. "A mobilização dos CREAs em todo o país justifica uma assento nos Comitês", defendeu. Lang lembrou, que sugeriu essa participação na última reunião do Colégio de Presidentes, e garantiu que há interesse do Sistema que ela ocorra. Legenda fotoDa esquerda para direita: Lauro S. Figueiredo (Diretor ANA), Wilson Lang (Pres. CONFEA), Jair Sarmento (Eng. Químico) e Edison Macedo (Coord. CAN). Bety Rita Ramos Da equipe da ASC