José Florentino Porto Junior

Engenheiro Ambiental pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), em 1999; Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 2002

Nascimento: Porto Nacional (TO), 27 de fevereiro de 1971

Falecimento:  Goiânia (GO), 29 de janeiro de 2017 

Indicação: Associação Goiana de Engenheiros Ambientais (Ageamb) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO)

José Florentino Porto Junior começou o curso de Agronomia em Alfenas (MG). Entretanto, já no primeiro semestre, migrou para o Tocantins (TO), onde acabara de abrir o primeiro curso de Engenharia Ambiental do país, profissão com a qual se identificou e pela qual trabalhou por quase 20 anos. 

Segundo a viúva Sheila, Florentino sempre foi um apaixonado pela agricultura e pecuária e tinha como meta desenvolver técnicas para favorecer do pequeno ao grande produtor. Além disso, se dedicou à docência por muitos anos, inclusive, contribuindo para a implantação do curso de Engenharia Ambiental em várias faculdades do país. Segundo Paulo Vargas, que foi aluno de Florentino, o engenheiro ambiental foi um divisor de águas para uma geração na faculdade. “Foi ele quem criou o curso em Anápolis (GO) e faço parte da primeira turma. Florentino era inspirador, tanto que ao lecionar a matéria ‘Introdução à Engenharia’ e ao correlacionar engenharia, sustentabilidade e desenvolvimento ambiental, um mundo se abriu para nós. O professor também foi quem nos apresentou o Sistema Confea/Crea e defendia a importância da atuação do engenheiro nos órgãos públicos”, explicou o aluno, que hoje também é professor e servidor público, inspirado nos ensinamentos do mestre. 

Além de lecionar, José Florentino também publicou diversos trabalhos científicos na área da Engenharia.  Além disso, elaborou e fez parte da equipe de diversos projetos e artigos de relevância para a área, como o “Planejamento integrado do uso da água em propriedades rurais: O Modelo Matemático do Cisdergo”; “O uso da otimização como ferramenta para o planejamento de perímetros irrigados”; “Resolução de um problema envolvendo um sistema integrado de recursos hídricos usando otimização”, contribuindo para o reconhecimento da Engenharia Ambiental no mercado de trabalho, bem como levando com êxito técnicas de Engenharia absorvidas durante todos os anos de dedicação à profissão.

O psicólogo e amigo Bruno Jorge de Sousa recorda as conversas no trajeto que faziam diariamente de Goiânia para Anápolis, onde ambos lecionavam. “Florentino era um ótimo companheiro de viagem, um exímio contador de estórias, dono de uma sagacidade e uma percepção muito bem humorada da vida, uma pessoa espirituosa. Sempre muito assertivo, quando eu era mais prolixo, ele concluía com um ‘chega de prosopopeia’, nos fazendo rir, dando um novo sentido à palavra e objetivando a prosa”, relembra o amigo. Bruno ainda destaca a relação do engenheiro com as suas origens: “Ele trazia traços da cultura do Tocantins, o modo de falar, os cacoetes, o regionalismo, ele era uma síntese do lugar, que sempre exaltava os pais e os familiares que lá ficaram”.

A admiração pela profissão tocou o filho Victor Hugo, que também cursou engenharia ambiental e sanitária, e dá prosseguimento ao legado deixado pelo pai, que sempre foi um propagador e defensor da profissão.

O engenheiro ambiental e professor José Florentino Porto Junior inspirou muitas pessoas durante sua trajetória. Além de uma atuação impecável em prol do seu estado, do Brasil e da Engenharia Ambiental, o profissional agora tem em seu vasto currículo a mais alta condecoração do Sistema Confea/Crea por meio das Honrarias do Mérito 2022. 

Trajetória profissional
Responsável pelo Plano de Gestão Ambiental para hotéis em estância hidrotermal, Caldas Novas – GO (2001-2011); Professor na Universidade Estadual de Goiás (2002-2004); Professor na Universidade Católica de Goiás (2002-2004); Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto de Meio Ambiente – RIMA e Plano de Controle e Gestão e Controle Ambiental para fábricas de Argamassa, Tintas, Medicamentos e Óxidos no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) GO (2003-2006); Professor no Senai/ Universidade Católica de Goiás – UCG (2004);  Faculdade Objetivo – Goiânia/GO (2004-2006); Professor no Instituto Latino  Americano de Anápolis (2004-2007); Responsável por diversos Planos Diretores de Recursos Hídricos, Plano de Gestão Ambiental e Unidade Territorial de Irrigação para empreendimentos com o sistema de barragens e irrigação tipo pivô central, aspersão convencional e gotejamento GO (2004-2016); Plano de Controle e Gestão Ambiental do Parque Agropecuário de Goiânia – SGPA (2007); Plano de Gestão Ambiental – Estudo e Relatório de Impacto de Vizinhança para antenas de celular; Relatório Ambiental Simplificado – RAS para Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGHs GO (2008-2016); Professor na Faculdade Metropolitana de Anápolis (2010-2013).