Engenheiro civil pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em 1975; Especialista em Pavimentação de Concreto Asfáltico e de Concreto de Cimento Portland pelo Instituto de Pesquisa Rodoviária, em 1975
Nascimento: 4 de fevereiro de 1951, em Campo Grande (MT)
Falecimento: 20 de dezembro de 2020, em Campo Grande (MS)
Indicação: Câmara Especializada de Segurança do Trabalho - Ceest do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea-MS)
A assinatura de uma lei em 11 de outubro de 1977 dividiu o imenso estado de Mato Grosso em duas partes e alçou a grande cidade de Campo Grande a capital da parte sul do território. O engenheiro civil Paulo Roberto Martins Teixeira acompanhou de perto essa transição: entrou para o serviço público estadual no Departamento de Estradas de Rodagem de Mato Grosso e posteriormente seguiu como chefe de diversos setores, mas já no DER de Mato Grosso do Sul.
Seu legado para o jovem estado, atuando na área de infraestrutura e transportes rodoviários, apresenta um portfólio de serviços e atividades que foram fundamentais para o desenvolvimento socioeconômico de Mato Grosso do Sul. Ao melhorar a infraestrutura rodoviária, o trabalho de Teixeira promoveu a integração estadual, expandiu a produção, elevou a capacidade competitiva, possibilitou a atração de investimentos e a geração de empregos, enfim, impactou positivamente toda a cadeia produtiva do estado.
O maior exemplo disso é a pavimentação asfáltica do trecho da BR 262 que leva Campo Grande até a divisa com a Bolívia, obra de grande vulto que, segundo a esposa de Paulo, a também engenheira civil Sueli Teixeira, saiu fora do normal por ser uma das obras de maior envergadura construída no estado, requerendo estudos especializados de Engenharia e um nível de conhecimento proporcional à sua complexidade, e, ademais, localizada no bioma do Pantanal, foi feita praticamente dentro da água. “Ele tinha muito orgulho dessa obra, integrou a região ao país. Foi uma obra excepcional, bem como a da ponte sobre o Rio Paraguai”.
Paulo Teixeira gostava de se envolver com estradas no campo, mas também atuava no trânsito das cidades. Em Campo Grande, desenvolveu projetos de reordenamento viário como o da rotatória que integra as avenidas Mato Grosso e Via Parque, até então ponto de estrangulamento do trânsito. Hoje, a rotatória, além de abrir o caminho, leva seu nome.
Entre namoro e casamento, o casal de engenheiros civis Paulo e Sueli viveram 51 anos juntos e tiveram três filhos - Emily, Elthon e Fabíola - dos quais dois também seguiram a carreira dos pais. Em dezembro de 2020, Paulo Roberto Martins Teixeira faleceu na mesma cidade em que nasceu, mas em um estado completamente diferente. Pouco tempo antes, pediu para a esposa tirar uma foto dele enquanto segurava sua carteirinha do Crea e dizia: “tenho muito orgulho da profissão que escolhi”. Um de seus últimos depoimentos, segundo amigos, teria sido: “Nada mais me serviria a não ser me tornar um engenheiro. Essa jornada tem se mostrado fantástica”.
Trajetória profissional
Engenheiro da Skhema S/A – Comercial e Construtora Ltda (1975-1976); Professor da cadeira de Estatística da Faculdades Unidas Católica de Mato Grosso - Fucmat-MS (1976-1978); Engenheiro dos Serviços de Medições e Controle de Obras Rodoviárias do Departamento de Estradas de Rodagem de Mato Grosso - Dermat (1977-1978); Chefe do Setor de Implantação de Rodovias do Departamento de Estradas de Rodagem de Mato Grosso do Sul – Dersul-MS período (1979-1980); Chefe do Setor de Pavimentação de Rodovias do Departamento de Estradas de Rodagem de Mato Grosso do Sul - Dersul-MS (1980); Chefe da Divisão de Construção e Pavimentação de Rodovias do Dersul-MS (1981-1983); Chefe da Divisão de Estudos e Projetos do Dersul-MS (1983-1987); Diretor de obras do Departamento de Obras Públicas de Mato Grosso do Sul - DOP-MS (1987-1989); Sócio Administrador da empresa Desenvolvimento de Projetos de Engenharia Ltda - DPE (1990-2020); Responsável Técnico da Empresa Via MS Engenharia e Consultoria Ltda (2015-2020).
