Ensino de robótica desperta interesse de jovens pelas engenharias

Brasília, 18 de março de 2025.

O ensino de robótica vem se destacando como forte incentivo para formação de futuros engenheiros, segundo pesquisa recente do Serviço Social da Indústria (Sesi). De acordo com o levantamento, aproximadamente 43% dos jovens que desenvolvem robôs e participam de torneios na área demonstram interesse em seguir carreira na engenharia. 

A pesquisa foi realizada com mais de 1,4 mil alunos, com idades entre 10 e 19 anos, que participaram do 7º Festival Sesi de Educação, realizado em Brasília (DF), entre os dias 12 e 15 de março. “O resultado reforça a importância do ensino tecnológico e prático na educação básica para incentivar o interesse pelas áreas STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), que são tão necessárias para o avanço da indústria e da economia brasileira”, explica o diretor-geral do Sesi, Rafael Lucchesi.

Com apoio do Crea-SP e Confea, time de robótica seguiu de Votuporanga para a competição nacional em Brasília

Comprometidos em incentivar a educação tecnológica, o Confea e o Crea-SP apoiaram a equipe Star Bots Votu, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) – Campus Votuporanga, na competição do Festival Sesi. Formado por estudantes entre 13 e 17 anos, o time ficou entre os cinco melhores do Prêmio Maré de Ciência, dentro da FIRST® LEGO® League Challenge (FLLC). “Ter recepcionado essa garotada no Confea, com espaço exclusivo para eles organizarem os materiais e treinarem com os robôs, é investir na ciência e tecnologia do Brasil. É uma moçada que tem futuro!”, comenta o presidente Vinicius Marchese.

Star Bots Votu celebra conquista ao lado do líder Matheus Bianchini (3º da dir. p/ esq. em pé) e da professora Isabel Motta (sentada)

O líder da Star Bots Votu comemora o reconhecimento e já traça novos desafios. “Ficamos extremamente felizes pela conquista do Prêmio Maré, pois foi um reconhecimento do nosso projeto de inovação. Sinto-me profundamente grato por ter contribuído para essa conquista, especialmente por exercer a liderança da equipe. Seguimos determinados e no próximo torneio retornaremos ainda mais preparados, aprimorando nossos pontos fracos e nos dedicando ao máximo para alcançar o tão sonhado internacional”, afirma Matheus Bianchini, que aos 17 anos se prepara para o vestibular de engenharia. “Essa escolha vem tanto da robótica, que comecei aos nove anos, quanto da influência do meu pai, que tem uma empresa de mecânica”, comenta sobre a escolha profissional.

Quase 30% dos estudantes de robótica mostram interesse por engenharia

Robótica desenvolve soft skills
O levantamento do Sesi também revelou que os alunos de robótica demonstram maior interesse e afinidade por engenharia (29%), programação (20%) e pesquisa (18%), áreas essenciais para a inovação e o avanço tecnológico. A pesquisa ainda apurou que estudantes aprimoram soft skills como criatividade, trabalho em equipe, planejamento, autoconfiança e lógica. 

Estudar robótica incentiva o desenvolvimento de habilidades comportamentais, como trabalho em equipe e criatividade

Essa vivência é experimentada pelos integrantes da Star Bots Votu, segundo a professora que coordena a iniciativa no Campus Votuporanga do IFSP. “No projeto, a gente estimula e sustenta aquela primeira curiosidade da criança. A gente abre espaço para ela entender o funcionamento de robôs, montar blocos e motores, entender a linguagem de programação, elaborar pesquisa e conversar com especialistas, escutar a ideia do colega, saber colaborar com a equipe até liderar o grupo. A robótica é todo esse conjunto!”, explica Isabel Motta.

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Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea, com informações da Agência de Notícias da Indústria