Porto Velho, 21 de março de 2011

Desde o final da semana passa mais 11 imigrantes haitianos estão tendo a chance de recomeçar a vida novamente ao serem contratados pela empresa Hidronorte para trabalhar na construção civil, numa obra que está sendo feita na Base Área, em Porto Velho. Eles fazem partem de um grupo, de cerca de 130 pessoas, que após terem o seu país arrasado por um terremoto, em janeiro de 2010, perderam tudo que tinham. Agora, fugindo da pobreza e da miséria buscam se refugiar no Brasil.

Os haitianos chegaram ao território rondoniense, no último dia 5 de março, vindos do vizinho estado do Acre. Eles tiveram como primeira parada às vilas de Mutum Paraná e Jaci-Paraná, próximas às duas usinas hidrelétricas.  Depois, numa ação do governo do estado, foram transferidos para a capital e abrigados em um ginásio de esportes. Parte do grupo começou a trabalhar nas obras das usinas de Santo Antônio e de Jirau, ambas no Rio Madeira. Muitos deles devem permanecer no país por um bom tempo, pois possuem condição de refugiado concedido pelo governo brasileiro. 

Apesar de haver alguns com formação superior, a maioria deles é de ajudantes de obra, eletricistas e pintores. Pela carência desse tipo de mão de obra na cidade de Porto Velho, muitos dos haitianos estão sendo integrados com rapidez ao mercado de trabalho, assim como as cabeleireiras  profissão de muitas das sete mulheres que fazem parte do grupo. Os haitianos saíram de Limbé  a segunda maior cidade do país caribenho  e entraram na América do Sul pela República Dominicana, alcançando o Equador, o Peru e, em seguida, o Brasil, pelo Acre e pelo Amazonas.

Francisco José do Nascimento
Assessoria de Comunicação do Crea-RO