Estádio Nacional de Brasília deverá ser entregue em dezembro de 2012

Brasília, 18 de março de 2011.


O canteiro de obras do Estádio Nacional de Brasília recebeu uma comitiva do Crea-DF nesta sexta-feira, dia 18 de março. A visita técnica teve como objetivo tomar conhecimento do andamento das obras e das eventuais dificuldades para a construção do novo estádio de futebol, que serão apresentadas durante a primeira audiência pública sobre a Copa de 2014, que acontece dia 29 de março, no plenário do Crea-DF.

O presidente do Conselho, Francisco Machado, esteve acompanhado de seu diretor de Apoio Institucional, Francisco Leocádio, do conselheiro Moraes de Castro e da chefe de Fiscalização do Crea-DF, Daniela Borges. Membros da comissão executiva para a realização da audiência pública sobre a Copa de 2014 no Crea-DF também estiveram presentes.

O estádio é formado por dois grandes blocos: a parte externa, composta pela estrutura que sustenta a cobertura do estádio e pelas áreas de circulação e acesso; e a interna, chamada “bowl”, que é compreendida pelas arquibancadas. As obras encontram-se na atual fase de terraplenagem, fundação e estruturas de concreto armado, que estão sendo realizadas de forma simultânea. As próximas fases iniciam-se no mês de julho. Os profissionais estão iniciando a concretagem das colunas. Na parte externa, serão 288 colunas de 45 metros de altura cada (36 metros externos).

A nova estrutura terá sete níveis (três subsolos, térreo e outros três andares). O gramado ficará no nível do último subsolo. Para atender as novas especificações, o estádio foi rebaixado em 4 metros. Autoridades, por exemplo, terão acesso exclusivo por meio de túneis no subsolo. Caso haja algum imprevisto, o projeto prevê a evacuação total do estádio em 8 minutos.

Do antigo Mané Garrincha resta, apenas, o esqueleto de uma parte da arquibancada, que será demolida em breve. “Teremos um estádio novo em dois anos”, informa o engenheiro João Marcelo Pimenta, da Novacap.

Durante a visita também foi informado que haverá um túnel ligando o estádio ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães, cogitado para ser a Central de Mídia Nacional da Copa do Mundo de 2014.

O Estádio Nacional de Brasília terá capacidade para 70 mil pessoas. O projeto atende as normas internacionais de segurança, sustentabilidade e acessibilidade. Neste último quesito, a obra tornou-se referência mundial. Os portadores de necessidades especiais poderão circular por todo o estádio, o que normalmente não ocorre nos demais países, onde existem áreas restritas para esse público.

O valor total da obra permanece em 670 milhões. Durante o encontro, reiterou-se a garantia de financiamento pelo Governo do Distrito Federal. “Tecnicamente, Brasília apresenta, sim, ótimas condições para realizar a abertura da Copa de 2014”, defendeu o técnico de Engenharia da construtora Andrade Gutierrez, Carlos José. Fatores como a proximidade do Setor Hoteleiro e a garantia do espaço para comercialização dos patrocinadores ao redor do estádio também aumentam as possibilidades de Brasília sediar a abertura do evento.

A obra deverá ser entregue em dezembro de 2012. Até lá, a previsão é que sejam contratados mais de 2 mil profissionais. “A antecipação da entrega da obra, devido a Copa das Confederações, aumentou consideravelmente o número de funcionários. Um de nossos grandes desafios é a ausência de mão-de-obra qualificada e a possível falta de material, considerando as demais obras para o PAC e Olimpíadas”, alerta o engenheiro Daclimar de Castro, da Novacap. A maior dificuldade para contratação refere-se a carpinteiros, armadores e pedreiros. Atualmente, cerca de 600 funcionários trabalham no local.

Futuramente, além de sediar jogos de futebol, o estádio será palco de eventos culturais, contendo museus e galerias para exposições, além de amplo estacionamento. O projeto prevê, ainda, uma cobertura retrátil central sobre o campo.

Sobre a ação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que exigia a licença ambiental, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) garantiu que não há risco ao meio ambiente, uma vez que o local é uma área urbana com alto nível de antropismo.

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Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Crea-DF