Gramado, 10 de agosto de 2023.
A segurança alimentar é definida como o acesso físico, social e econômico permanente a alimentos seguros, nutritivos e em quantidade suficiente para satisfazer necessidades nutricionais e preferências alimentares da população. O papel dos profissionais vinculados ao Sistema Confea/Crea neste sentido foi a temática principal das palestras realizadas por três engenheiros de alimentos na tarde desta quinta-feira (10/8), no Auditório Entrevero, durante a 78ª Soea.
O engenheiro de alimentos Rodrigo Petrus abordou o sistema de classificação de alimentos, diferenciando os in natura e minimamente processados dos processados e ultraprocessados. O professor fez uma leitura crítica da definição dos últimos, que, segundo ele, não são os que passam por inúmeros processos, mas por inúmeras operações. “O processamento de alimentos não é vilão para a Engenharia Alimentar, uma vez que devemos lembrar que já impactou positivamente a humanidade e não precisa ser vilanizada”, ponderou.
Na segunda palestra da tarde, a engenheira de alimentos Larissa Morais Ribeiro da Silva, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), apresentou os perigos da contaminação de alimentos e suas consequências, assim como o importante papel dos engenheiros de alimentos para evitar este tipo de situação. “Contaminação por microplásticos, contaminação de alimentos enlatados e contaminação biológica são alguns exemplos de problemas evitados se há a atuação de engenheiros de alimentos”, avaliou. Em primeiro lugar, entre alimentos alvo de contaminação, está a água. “A contaminação tem efeitos catastróficos para quem é contaminado, para a saúde pública e para a indústria também. Por isso, o engenheiro de alimentos é fundamental”, afirmou.
A tarde de debates foi encerrada com a engenheira de alimentos Adriana Pavesi Arisseto Bragotto, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que, além de definir os contaminantes, abordou metodologias, como a avaliação e gerenciamento do risco, que podem ser utilizadas por engenheiros de alimentos para assegurar a qualidade da alimentação. “Sempre precisamos aplicar as melhores práticas, descritas no Código de Práticas, para minimizar ou zerar o índice de contaminação”.
Ao final, os participantes puderam fazer perguntas, que foram moderadas pela conselheira federal, eng. agr. Andréa Brondani da Rocha.
Érica Jeffery (Crea-GO)
Edição: Julianna Curado (Confea)
Equipe de Comunicação da 78ª Soea
Fotos: Studio Feijão e Lentilha e Marck Castro/Confea