Engenheira estará à frente da Civil

Brasília(DF), quarta-feira, 24 de março de 2004. A engenheira Lélia Barbosa foi eleita coordenadora da Câmara
"Engenheira Lélia Barbosa"
Especializada de Engenharia Civil. "Eu sou a única coordenadora de Câmara, mas tenho orgulho de pertencer à esta, onde o universo masculino prevalece. Não sou feminista, sou uma coordenadora feminina, por isso me sinto honrada. Essa vitória é da Engenharia civil e do Crea do Distrito Federal", disse, logo após ser eleita. Assim que soube do resultado da eleição dedicou a vitória às entidades que a apoiaram, como Senge/DF, Abenc, Sinduscon.Ao receber o cargo de seu antecessor, o eng. civil de Minas Gerais Ivo Silva de Oliveira Júnior, Lélia Sá homenageou três mulheres dedicadas ao desenvolvimento do exercício profissional: Márcia Luna, conselheira federal e presidente do Crea do Rio Grande do Norte e Vera Gomes, engenheira civil e tesoureira do Crea do Rio Grande do Norte e de Elequicina, presidente do Crea. A Câmara Especializada de Engenharia Civil é a maior do Brasil em número de profissionais. Motivo de orgulho para Lélia que é também vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros do DF.Para superar a fragmentação da Engenharia civil, Lélia traçou como uma de suas principais metas, a união da categoria. Além disso, seu programa de gestão prevê atuação junto às comissões do Confea nos assuntos de interesse nacional da engenharia civil e a continuidade das metas de trabalho iniciadas em 2003 - em especial a reformulação da Resolução 218. "Hoje existe algumas ilhas, que são as coordenações nacionais, que não atuam, muitas vezes, em conjunto com nossos conselheiros federais.Lélia pretende fazer com que a Câmara subsidie os conselheiros federais, através da gerência de apoio ao colegiado do Confea, especialmente os relatores dos processos de todas as informações relacionadas a engenharia civil, seja no Plenário ou nas comissões. "Quero manter um rigoroso acompanhamento das propostas apresentadas pela nossa coordenação nacional junto à CEP (Comissão do Exercício Profissional), além de outras que tenham interface com a engenharia civil."A nova coordenadora mostrou, logo no início dos trabalhos, que não fará uma gestão ortodoxa, pelo seu estilo irrequieto e até funcionalmente dinâmico, mas alerta: "Acho que é tempo de dialogar, e com dialogo a gente consegue muitas coisas". Ela afirmou que vai continuar sua luta pela unificação de procedimentos administrativos e fiscalizatórios, para em seguida disseminar essa prática em nível nacional. "Hoje a gente vê que cada Crea tem uma cara. Temos que unificar procedimentos. Sei que é difícil conseguir isso em um país do tamanho do nosso, mas se pudermos chegar próximo de uma realidade que atenda a nossa classe, acho que será produtivo".Ela também pensa em valorizar o papel das entidades de classe ligadas à engenharia civil. E ainda as necessidades de reformular o site da Câmara, melhorando o veículo para que os coordenadores nacionais, regionais e conselheiros tenham acesso às informações sobre todos os assuntos a serem discutidos no colegiado.Lélia não acha impossível unificar os Creas ou, no mínimo, a engenharia civil. Segundo ela, existem Creas que estão adiantados, como o de são Paulo, e os que estão em fase de modernização, como o do Amazonas, que está implantando novos sistemas de informática. Então, segundo ela, pode haver o intercâmbio, com transferências de informações em nível de coordenação nacional ou do Colégio de Presidentes. "Basta conscientizar as pessoas, sem que precisemos pedir nada. Quem me pede informação, sabe que não ficará sem resposta, pois, sou, por exemplo, assídua usuária do site do Confea, onde se fica em dia com tudo o que acontece em termos de legislação do Conselho Federal. Quisera que todos os profissionais tivessem esse hábito que tenho, porque aí a gente estaria mais na frente", disse. Solon Dias - Jornalista Convidado