Brasília, 1º de novembro de 2022.
Inovação no licenciamento ambiental; resultados preliminares e desafios das empresas na universalização dos serviços perante o Marco Regulatório; licenciamento ambiental de empreendimentos de geração de energia; supervisão ambiental de empreendimentos ferroviários; 10 anos do Novo Código Florestal e logística reversa. Com o debate desses temas foi aberto, nesta segunda (31/10), no Parque Barigui, em Curitiba, o XI Simpósio Brasileiro de Engenharia Ambiental e Sanitária. Com patrocínio do Confea, o evento realizado pela Federação Nacional das Associações de Engenharia Ambiental e Sanitária – Fneas e pela Associação Paranaense dos Engenheiros Ambientais – Apeam, em formato híbrido, acontece até 2 de novembro. Confira a programação e a transmissão do evento no Youtube.
Na mesa de abertura oficial do evento, o conselheiro federal e superintendente do Ibama-PR eng. agr. Luiz Lucchesi, a presidente do Crea-RS, eng. amb. Nanci Walter, o presidente do Crea-PR, eng. civ. Ricardo Rocha, e o presidente da Mútua, eng. agr. Francisco Almeida representaram o Sistema Confea/Crea e Mútua. Ex-presidente da Fneas e gerente de Relacionamentos Institucionais do Confea, o engenheiro ambiental Renato Muzzolon Júnior também participou da cerimônia.
A mesa contou ainda com as presenças da presidente em exercício da Fneas, eng. amb. Antônia Tatiana Pinheiro do Nascimento; do presidente da Apeam e coordenador nacional do Colégio de Entidades Regionais (Cder), eng. amb. Luiz Guilherme Grein Vieira; do superintendente de Controle Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Curitiba, zootecnista Marcos Elias Traad da Silva; da eng. civ. Raquel Veríssimo, da Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologia Ambiental – Apemeta; e do secretário de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Paraná, geol. Everton Souza.
Presidente da Apeam, Luiz Guilherme Vieira saudou as lideranças presentes. “São parceiros que acreditam no trabalho da engenharia ambiental do Brasil”, disse, agradecendo especialmente o empenho da presidente da Fneas, Tatiana Pinheiro. “Fiquei impressionado com a qualidade de todo o evento. São mesas-redondas que ocorrem no mesmo horário, uma oportunidade única de ouvir tantas pessoas boas, aprender e compartilhar conhecimento”, sugeriu, destacando o simbolismo do local do evento. “Boa parte dessa fama de cidade ambiental de Curitiba se deve à criação desse parque urbano, talvez o principal da cidade”, disse, ressaltando aspectos da infraestrutura, da mobilidade e da biodiversidade do local.
Já a presidente em exercício da Fneas, eng. amb. Tatiana Pinheiro, comentou o desafio de trazer o XI Sbea para o Paraná. “Tivemos dois anos de pandemia, e o Sbea ocorreria em Manaus no ano passado, mas não foi possível. Mas tudo isso serviu para fortalecer esse elo da federação com a Apeam, sabemos da importância da representação da Apeam”, disse, agradecendo pela parceria. “A engenharia ambiental, e sanitária, em alguns estados, é uma engenharia nova. Somos um público novo, cheio de garra e união. Durante a pandemia, estivemos em várias frentes, como a construção de hospitais, gerenciamento de resíduos sólidos, saneamento, e depois construímos a nova forma de sanear o Brasil. Precisamos nos unir, utilizar o potencial técnico que temos numa nova visão de sustentabilidade. É um momento de fortalecimento para a gente se posicionar”, afirmou, saudando os participantes do evento.
Representação do Sistema
Presidente do Crea-RS, Nanci Walter lembrou que pela primeira vez um profissional da engenharia ambiental assume a presidência de um regional. “Vi nessa mesa o que é o reflexo da nossa profissão, a diversidade. E a gente precisa dar mais oportunidades aos nossos profissionais. Eu fiz isso, mas eu não puxei a brasa para o meu assado só porque são engenheiros ambientais. Esses simpósios e fóruns são uma maneira de os profissionais buscarem mais conhecimento”, disse, estimulando a participação dos estudantes presentes.
O conselheiro federal Luiz Lucchesi comentou que o Ibama tem buscado o desenvolvimento sustentável do país, “o que passa desde o licenciamento ambiental de empreendimentos até ações de qualidade ambiental, procurando agir com os profissionais das várias áreas, inclusive por meio de acordos de cooperação”. Lucchesi apontou que o Confea se preocupa com a valorização das entidades de classe e das instituições de ensino “que são a base do Sistema Confea/Crea e Mútua”, desejando sucesso ao evento.
O desenvolvimento da profissão ao longo das últimas décadas foi destacado pelo presidente da Mútua, eng. agr. Francisco Almeida. Assumindo-se como padrinho da Engenharia Ambiental no estado de Goiás, ele destacou a necessidade de compartilhamento de atribuições. “Foi um trabalho de convencimento, paralelo ao trabalho junto às universidades para que elas dessem mais qualidade aos cursos. Hoje temos representantes da Engenharia Ambiental no plenário, a associação foi fundada, e hoje a profissão é reconhecida no Brasil inteiro. Não se fala em meio ambiente sem se falar em engenharia ambiental. Mas essa história vem de 20 anos atrás, quando não se falava em desenvolvimento sustentável, se falava só em meio ambiente. E nós criamos o Prêmio Crea-GO de Meio Ambiente, avaliado por representantes de toda a sociedade. Por isso, conseguimos trabalhos realmente muito valiosos”, disse, destacando a atuação da Mútua em patrocinar eventos da Engenharia, da Agronomia e das Geociências e apontando aspectos da adesão aos benefícios sociais oferecidos pela entidade e da ampliação das suas atividades.
Já o presidente Ricardo Rocha comentou as dificuldades para trazer o evento para a cidade, ressaltando a relação histórica de Curitiba com o tema do meio ambiente. “Sempre somos um exemplo”. Saudando a atuação da presidente Nanci Walter à frente do Crea-RS, considerou a engenharia ambiental uma profissão fundamental. “Temos muita luta a fazer juntos. E a Apeam tem mostrado sua liderança nacionalmente, com o trabalho desenvolvido pelo ex-presidente Renato Muzzolon Júnior e agora pelo presidente Luiz Guilherme, semeando associações regionais junto aos Creas”, disse, destacando ainda o esforço pelo reconhecimento da engenharia ambiental e ainda o apoio do presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, à profissão. “No século passado, a engenharia ambiental, assim como os sanitaristas, veio para agregar-se às demais profissões por todas as atividades que estão sendo faladas neste simpósio, resíduos sólidos, licenciamentos e outras”.
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea