Crea-PB realiza primeira Plenária do ano, elege nova diretoria 2011 e empossa novos conselheiros

Quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011.

O CREA-PB realizou na última quinta feira 10/02, a primeira sessão Plenária do ano, na oportunidade foi eleita a nova diretoria do CREA-PB, posse dos novos Conselheiros, eleição e posse dos Coordenadores de todas as Câmaras Especializadas, Comissões Permanentes: Ética Profissional, Orçamento e Tomada de Contas, Renovação do Terço do Plenário, Meio Ambiente, Segurança do Trabalho, Relações Institucionais e Profissionais, Comissão de Educação e Atribuição Profissional, Comissão do Mérito, Gt Acessibilidade, Gt  Engenharia Pública  Assistência Técnica, Comissão Eleitoral Regional  Cer 2011; Comissão Transição do CAU e o Grupo de Trabalho do Crea-PB.

A eleição da nova diretoria foi referendada pelos conselheiros presentes e ficou composta da seguinte forma:: 1º vice-presidente, Engenheiro Civil Antonio Carlos de Aragão; 2º vice-presidente, Arquiteto Antonio Francisco de Oliveira; 1º Secretário Eng. Agr. Carlos Eugênio de Vasconcelos; 2º Secretário Téc. Est. Celso Alves de Lima; 1º Tesoureiro Eng. Elet. João de Deus Barros; 2º Tesoureiro Eng. Civil Francisco Xavier Bandeira Ventura .

O Presidente do CREA-PB engenheiro civil Paulo Laércio Vieira, em seu pronunciamento, agradeceu aos ex-diretores e conselheiros que terminaram seus mandatos, pelo apoio dado a sua administração e de forma especial a arquiteta Cristina Evelise, que exerceu por dois mandatos consecutivos a 1ª vice-presidência do CREA-PB, desejou um mandato de pleno êxito para os novos conselheiros e em especial para os conselheiros que estavam retornando depois de alguns anos de ausência do conselho.

Paulo Laércio comunicou aos presentes as novas mudanças administrativa realizadas no regional já em vigor, destacando a apresentação do engenheiro agrônomo Raimundo Nonato, que assumiu a Superintendência do Regional e em seu lugar na Gerencia de Fiscalização assumiu o engenheiro civil Antonio Cesar Pereira Moura e o engenheiro civil Corjesu Paiva dos Santos, que deixou a Superintendência e assumiu a Assessoria Institucional vinculada à presidência.

O Plenário também aprovou a manutenção da permanência das Sessões Plenárias sendo realizadas na (segunda) segunda-feira de cada mês.

A arquiteta Cristina Evelise fazendo uso da palavra, agradeceu emocionada o apoio e a atenção que sempre lhe foram dispensada pelo presidente, diretores e conselheiros durante sua gestão como 1ª vice-presidente e em especial nesta fase de transição por ocasião da criação do CAU, abaixo transcrevemos o discurso da conselheira na integra:

“Caros amigos engenheiros, agrônomos, tecnólogos, técnicos e demais profissionais do sistema CONFEA/CREA:

Que tenhamos, todos nós, um bom e produtivo ano de 2011.

2010 se encerrou nos deixando uma grande missão: organizar e levar a cabo a transição do atual para o novo Conselho de Arquitetura e Urbanismo  CAU.

Temos, portanto, um grande desafio a enfrentar e cumprir neste ano de 2011.

Tal desafio se coloca para todos nós, profissionais do sistema CONFEA/CREA  inclusive os arquitetos, que ainda continuam neste sistema até que seja concluída a transição para o novo conselho  como um imperativo legal, e não como uma opção!

A nós não mais cabe fazer escolhas ou emitir opiniões sobre o processo, posto que esta fase já foi superada.

A nós agora cabe cumprir e fazer cumprir o que há disposto na lei!

Como todos sabem, do texto promulgado e sancionado apenas dois dispositivos já estão em vigor: os artigos 56 e 57, que tratam da transição do CREA para o CAU, do processo eleitoral e da definição da receita a ser repassada para o novo conselho. Todos os demais dispositivos da lei 12.378/2010 somente entrarão em vigor a partir da instalação do CAU/BR, o que deverá ocorrer num prazo de três a doze meses após a data da sanção, isto é, 30/12/2011.

Até lá, conforme determina a lei, todos nós arquitetos continuamos normalmente registrados, regulamentados e fiscalizados pelo sistema CONFEA/CREA. Continuamos submetidos aos mesmos dispositivos legais, aos mesmos regulamentos e à mesma disciplina que os engenheiros, agrônomos, tecnólogos, técnicos e demais profissionais do sistema.

Todos nós arquitetos continuamos sendo profissionais do sistema.

E nós, representantes dos arquitetos, continuamos como conselheiros do CREA. Como sempre foi nossa participação neste conselho, continuamos comprometidos com a nossa missão: na Câmara de Arquitetura, nas comissões permanentes e temporárias, no plenário e nas demais instâncias do sistema. Sempre que convocados estivemos, e continuaremos, a postos para cumprir com o nosso papel profissional e institucional.

Entretanto, o que nós gostaríamos e estamos dispostos a fazer é com que esta permanência, neste ano de 2011, no atual sistema não seja reduzida ao cumprimento de um dispositivo legal, mas seja o desfrutar de uma companhia prazerosa que já tem data para terminar, mas que ainda nos é permitido aproveitar.

O que nós mais gostaríamos é fazer como temos feito nessas oito décadas de convivência fraterna, ordeira e construtiva: trabalhar com zelo, altruísmo e espírito público pelo nosso país, pela nossa sociedade e pelas nossas profissões.

O que nós mais gostaríamos é que nosso trabalho tivesse continuidade, realizado em parte num, em parte noutro campo, mas sempre em sintonia e com um objetivo comum: o bem de todos.

O que nós mais gostaríamos é que as boas lembranças, as boas lutas, as boas conquistas e os bons momentos  que foram todos infinitamente maiores e mais importantes que os eventuais desencontros, as pequenas rusgas, os raros dissabores etc.  prevalecessem em nossas reminiscências e permanecessem gravados viva e nitidamente no livro de nossa história.

Nós arquitetos faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que este ano de 2011 seja a marca de um desmembramento pacífico e não de uma ruptura; para que o nosso trabalho continue sendo realizado a várias mãos, em sistema de cooperação e complementaridade; para que nossas profissões continuem sendo irmãs e parceiras.

Nós arquitetos faremos de tudo para que os bons exemplos de desmembramento sejam lembrados: a criação da UFCG que, nascendo do desmembramento do campus II e dos campi do sertão da UFPB, não diminuiu nem inviabilizou esta última, mas deu ao estado uma nova, vigorosa e prestigiada instituição, orgulho para todos nós e perspectiva de futuro para milhares de jovens deste e de outros estados; o estado do Mato Grosso que, ao ser dividido em dois novos estados  Mato Grosso e Mato Grosso do Sul  viu cada um dos novos estados crescerem e hoje, cada um de per si, ser maior do que eram quando juntos poucas décadas atrás; o estado de Goiás, dividido que foi deu origem ao estado do Tocantins...; apenas para fazer referência aos conselhos profissionais, valeria citar o desmembramento que deu origem aos conselhos de odontologia em 1960, hoje um dos mais sólidos do país, sem qualquer trauma para os conselhos de medicina de onde se originaram.

Eis, pois, caros amigos, que estamos diante de uma missão difícil, mas em nada impossível.
Se nos dermos as mãos a tarefa parecerá e, certamente será, mais fácil para todos nós.

Nós arquitetos conclamamos a todos vocês para nos darmos as mãos e realizarmos juntos esta travessia.

Façamos como os filhos nubentes que, crescidos, estão se preparando para deixar a casa dos pais e arrumando sua própria casa, porque este é o destino de todos. Os pais ficam inseguros e saudosos; os filhos inseguros e ansiosos; mas todos ficam felizes porque o destino está se cumprindo. E os filhos voltam sempre à casa dos pais, e trazem juntos seus próprios filhos, que, por sua vez, serão a “luz” para a casa dos pais de seus pais... que um dia terão suas próprias casas, e mais uma vez o destino se cumprirá!

Sejamos sempre uma mesma família, porque nascemos dos mesmos pais, aqueles galhardos de 1933!”

Fonte: Ascom/Crea-PB