Conclusão obras BR 101 Sul: 2014 ou 2015?

CREA participou de reunião que frustou Fórum Parlamentar Catarinense em Brasília

Brasília, 13 de abril de 2011.

Enquanto muitas vidas continuam sendo tragadas pelas estradas violentas da BR 101 Sul e Santa Catarina está prestes a passar por um estrangulamento econômico devido a falta de logística para o escoamento de sua produção, as lideranças e autoridades catarinenses expressam sua revolta e frustração nas tentativas de mobilizar o governo federal para este gravíssimo problema. O presidente do CREA-SC, Eng. Agr. Raul Zucatto, esteve no dia 12.04 em Brasília participando da reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, que mobilizou o Governador do Estado, Deputados Federais e Senadores, lideranças administrativas, empresariais e profissionais catarinenses, para assistir a um pronunciamento desanimador do DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

 O objetivo da reunião era a avaliação do novo cronograma das obras de duplicação da BR 101 Sul, que seria apresentado pelas empresas contratadas, Ministério dos Transportes e DNIT, além da avaliação e discussão sobre a situação das obras de duplicação e as razões dos atrasos. O cronograma não foi apresentado, decepcionando a todos os presentes, o que não foi surpresa para o CREA-SC. Durante a reunião, o Diretor Geral do DNIT, Luiz Antônio Pagot, comunicou que não há chances de se encerrar a duplicação antes do primeiro semestre de 2014.

Para acalmar os ânimos das autoridades e lideranças do estado, o diretor comprometeu-se em encaminhar um relatório mensal ao Fórum Parlamentar Catarinense e à Assembleia Legislativa sobre o cronograma das obras. A medida foi uma das exigências das bancadas diante das incertezas na conclusão dos trabalhos. Dos nove lotes, quatro estão concluídos e cinco enfrentam problemas. As três maiores obras de arte necessárias à duplicação da rodovia são a ponte de Laguna e os túneis nos morros do Formigão e dos Cavalos. Os dois primeiros ainda estão em processo de licitação. Já no Morro dos Cavalos, impasses ambientais e indígenas atrasam a conclusão do trecho.

“O DNIT se viu obrigado a partir para uma resposta mais técnica”, comentou o presidente Zucatto, que durante a reunião pronunciou-se sobre o relatório apresentado em 2010 pela FIESC  Federação das Indústrias de Santa Catarina com o apoio do CREA, que prevê o prazo final das obras somente para 2015. O presidente ressaltou a decepção do Conselho e Entidades envolvidas nesta luta, que é antiga. A FIESC já realizou três estudos sobre o andamento das obras e considera tanto as etapas em fase de execução, quanto obras que ainda não foram contratadas, indispensáveis para a conclusão da duplicação.

A intenção do Fórum Parlamentar Catarinense é cobrar do Executivo Federal que trate estas datas de conclusão apresentadas como decisão de governo, para, em caso de descumprimento, mobilizar diretamente a presidente Dilma Rousseff.


Forte atuação - O CREA-SC foi um dos órgãos pioneiros em Santa Catarina na luta pela duplicação da BR-101, atuando desde o início dos anos 1980, integrando diversos movimentos junto às Entidades de Classe, como a ACE e o Senge. Em 2004 participou do lançamento da campanha BR 101 Sul  A Rodovia da Vida, junto à ACE, SENGE, FNE, FIESC, OAB e ASCOP. Em novembro do mesmo ano passou a integrar o Fórum Estadual de Rodovias, do qual fazem parte a Secretaria de Estado da Infra-estrutura (SIE), Deinfra, Polícia Rodoviária Estadual (PRE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fetrancesc e Fectroesc. Já em 2006 o CREA constatou  e  informou as autoridades, comunidade profissional  do Sistema e a sociedade catarinense que até o final de 2008, prazo estipulado inicialmente pelo DNIT, a duplicação do trecho sul da BR 101 não estaria concluída.

A equipe de fiscalização do CREA-SC vistoria as obras de duplicação da BR 101 sul desde o início. A primeira visita oficial aconteceu em julho de 2005. Desde então, são programadas visitas a cada dois meses ou quando há alguma demanda. As empresas licitadas estão todas regulares perante o Conselho. A fiscalização verifica as empresas sub-empreitadas, por exemplo as que fazem serviços de detonação, estaqueamento, drenagem, entre outros. Dez estavam sem registro e foram regularizadas.

Crea-SC