Autor do projeto arquitetônico da ponte JK participou da SOEAA

Brasília, sexta-feira, 12 de dezembro de 2003. Viviane Vilela O trabalho de um arquiteto consiste na criação de construções
"Arquiteto Alexandre Chan"
segundo o programa estabelecido pelo seu cliente e pela sua própria visão, experiência e perspicácia. Assim define a sua atividade profissional o arquiteto e urbanista Alexandre Chan, autor do projeto de arquitetura, projeto formal, estrutural e de iluminação da ponte Juscelino Kubitsheck, sobre o Lago Paranoá, inaugurada em 2002.Chan participou da 60ª Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia (SOEAA), em Brasília, evento realizado de 10 a 12 de dezembro, no Blue Tree Park Hotel e visitou a exposição Ponte JK: Um avanço Tecnológico, mostra integrante da Bienal de Arquitetura 2003, sob a curadoria de Valéria Veras.Autor e obras públicas e privadas famosas, como o "Piscinão de Ramos" e o Rio Sul Shopping Center, no Rio de Janeiro, Chan afirma que o papel do arquiteto está intrinsicamente ligado à projeção de cenários para o futuro, e por isso é preciso que esteja antenado com as expectativas do cliente e com os diversos elementos sociais e econômicos que envolvem a construção de uma obra arquitetônica. Um exemplo, segundo ele, é o que ocorreu com a concepção do Rio Sul. Nos anos 70, o Grupo UEB - União de Empresas Brasileiras o procurou para que idealizasse um projeto para ocupar o terreno, localizado no limite dos bairros Copacabana, Botafogo e Praia Vermelha. A destinação comercial ou residencial ficaria a critério do arquiteto. "Daí saiu a proposta de um grande shopping - o maior centro comercial do Rio, à época era o Shopping do Méier" - lembra o arquiteto. O resultado foi uma grande transformação social e econômica para aquela área.No que se refere à ponte JK, afirma, "além de cumprir a sua função prática, que é de facilitar o acesso do Lago Sul ao Plano, é um dos principais pontos turísticos de Brasília". Agora o arquiteto vislumbra um complexo turístico no lote do governo federal, na cabeceira da ponte, incluindo a Casa do Visitante, que teria informações sobre o projeto, e um espaço para exposições e seminários voltados para a área de Arquitetura.A equipe formada pelo arquiteto Alexandre Chan e os engenheiros Mário Vilaverde e Filemon Bolto de Barros e Piotr Stawinski, foi vencedora do Concurso Nacional de Estudos Preliminares de Arquitetura, realizado em 1988, com 98 equipes concorrentes. Rosângela Alanís - Crea/AM