Anjelo da Costa Neto encerra mandato de conselheiro federal

Brasília, 09 de dezembro de 2005

Representando o Crea-RN, o engenheiro civil e conselheiro federal Anjelo da Costa Neto, 56, natural de Patu (RN), encerra seu mandato no próximo dia 31 e assim deixa a coordenação da COS (Comissão de Organização do Sistema) que comandou durante todo o seu mandato.
 
Ao sair “bem melhor do que quando entrei”, Anjelo confessa que “aprendi que preciso estar sempre apredendo”, e faz um balanço de sua coordenação à frente de uma das comissões mais vitais para o bom funcionamento do Sistema Confea/Crea, como um todo.     
 
“Em primeiro lugar, agradeço aos colegas que me deram a oportunidade e confiaram a mim, a coordenação uma comissão tão importante logo em meu primeiro ano de mandato. Por ser responsável pela organização, a COS trata dos normativos que ordenam o funcionamento do Sistema. Tivemos, durante três anos, uma perfeita relação com as demais comissões CES, CEP, CCS e CAN, o que permitiu que o andamento dos trabalhos se desse de maneira contínua e harmônica”, diz.
 
Para ele, “essa relação entre as comissões é fundamental, uma depende da outra em vários aspectos. A COS precisa também, por suas características, estar em permanente contato com outras instâncias consultivas do Sistema como o Colégio de Presidentes, onde estivemos sempre presentes, com as entidades nacionais através do Cden e ainda com as coordenadorias regionais e nacionais de Câmaras Especializadas de tal maneira, que julgo que o trabalho feito foi importante, mas acreditamos que poderíamos ter feito mais. O tempo passa muito rápido e muitas vezes, por questões do próprio Sistema  não realizamos mais”.
 
Ao explicar o funcionamento da COS, o ainda conselheiro federal informa que a comissão “se divide em duas partes. As ações de rotina e os projetos que estão sob a responsabilidade da COS dentro do conjunto de projetos estratégicos do conselho federal”.
 
Nas ações de rotina,  segundo ele, o trabalho se desenvolveu no sentido de renovar o plenário dos Creas na plenária de outubro, o que facilita os trabalhos do ano seguinte. “Quando assumimos, tínhamos os 27 Regionais no processo de implementação do novo regimento, apenas dois estavam aprovados e durante nosso período concluímos os 25 restantes”.
 
Entre os projetos estratégicos do Confea, está o COS 01  que trata da reformulação dos normativos -  e nele a série 1000, de Resoluções “que quando entramos havia quatro delas aprovadas, a 1000, 1001 1002 e 1003. Conseguimos aprovar oito e temos mais quatro a serem avaliadas ainda nesta plenária”.
 
Com relação ao COS 2, que trata do apoio permanente à fiscalização nos Estados e desse bojo faz parte o Prodafisc (Programa de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Fiscalização dos Creas), Anjelo diz que “tivemos avanços muito interessantes. Em cada ano, dos últimos três, fizemos seminários com gerentes e agentes de fiscalização, assim como com coordenadores de Câmaras e culminamos com a reformulação da Resolução 207 que trata da instalação de processos da área de fiscalização e a Resolução 1008”.
 
Para melhorar os resultados da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI), desenvolvida por vários Creas, Anjelo informa que “como resultado de uma pesquisa realizada junto aos regionais,  está sendo produzido um manual sobre o assunto”.
 
Quanto ao COS 4, que engloba o Projeto Conselheiro, Anjelo diz que ele  “tem uma importância ímpar porque tem por finalidade, formar e preparar profissionais para exercer o cargo de conselheiros nos níveis estaduais e federal. Desse projeto, surgiram já dois produtos, o Manual do Conselheiro composto por textos referenciais que oferecem suporte à quem irá exercer a função e que será editado no início do próximo ano e o outro, que reúne 17 pontos que se referem à aprendizagem, desde a formação até questões relativas ao dia-a-dia do conselho federal. Essa parte poderá ser acessada pela internet o que facilita muito as consultas que podem ser feitas a qualquer hora”.
 
Uma outra missão desempenhada por Anjelo Costa, foi a coordenação da implantação do projeto SIC (Sistema de Informações Confea/Crea) que tem por objetivo implantar um cadastro nacional dos profissionais representados pelo Sistema, o que implica em um novo modelo de identificação profissional, mais seguro e moderno, além de mapear exatamente quantos são e onde estão os profissionais da área tecnológica brasileira.
 
“Hoje afirmamos que somos cerca de 900 mil, mas ainda precisamos confirmar esse número. Concluímos a primeira parte, referente ao cadastramento dos recém formados e em 2006 começaremos a recadastrar os que já estão na ativa”, informa o conselheiro pelo Rio Grande do Norte.
 
Ao ser questionado sobre a série 1000 de Resoluções e que inovou normativos relativos à organização do Sistema, Anjelo esclarece que “para se fazer as resoluções, tem toda uma tramitação: primeiro a idéia, depois um Grupo de Trabalho analisa, em seguida a COS recebe a proposta que  é enviada aos Creas para pronunciamento, de tal maneira que quando vem a plenário, a nova proposta de resolução se não está perfeita, precisa de pequenos ajustes. Essas resoluções na verdade agregam outras que tratavam de um mesmo assunto”.
 
Se não faltou trabalho  para a COS nos últimos três anos,  as perspectivas para 2006, independente de quem esteja à frente da comissão, também são de muita atuação. Para Anjelo, o  importante  “não é só terminar o que precisa ser concluído, mas monitorar o andamento do que está implantado. Por exemplo, o COS 2, de apoio permanente à fiscalização, tem que continuar porque os agentes envolvidos precisam estar atualizados com seminários, como o que fizemos por último em Belo Horizonte. Esses encontros têm que ser presenciais também e não apenas virtuais. A Educação à Distância veio para ficar mas é preciso cuidado para que tudo fique sendo feito à distância. Temos que ter esse equilíbrio”.
 
Ao fazer um balanço do que a função de conselheiro somou à sua experiência de vida, Anjelo finalizou dizendo que:  “foi muito importante,  um privilégio ter tido a oportunidade de ser conselheiro. Agradeço à minha família que compreendeu as ausências , assim como os filhos. Tem horas que a gente pensa que não deveria ter entrado no trabalho, mas a maior parte do tempo a gente fica feliz de ter participado. De tal maneira que para mim foi um aprendizado, um enriquecimento e sobretudo uma oportunidade de fazer amizades com profissionais e com os funcionários do Confea. Acredito que o Anjelo está saindo da função de conselheiro, bem melhor do que quando entrou e aprendeu que precisa sempre estar aprendendo”.
 
Por Maria Helena de Carvalho
Da equipe da ACOM