Almir Lopes Fortes

Engenheiro Eletricista pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá (Efei), atual Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em 1968.


Nascimento: Manaus, Amazonas, 24 de outubro de 1942
Indicação: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM)


Perfil

“Eu já estava determinado a ser engenheiro eletricista.” A fala revela a obstinação do manauara Almir Lopes Fortes, que já na mocidade tinha certeza dos projetos para o futuro. “Estamos falando de 1960. Na época, oportunidades para o jovem em Manaus eram limitadas a carreiras militares e em bancos. Não existia faculdade de Engenharia.” 

A solução estava a quase 3000km da terra natal. “Parti para Itajubá, onde havia o reconhecido Instituto Eletrotécnico. Apoiado por meus pais, fui estudar naquela pequena e receptiva cidade mineira”, recorda com gratidão por não estar sozinho naquele sonho que tinha propósito certo: estudar em Minas, mas fazer carreira em Manaus. “Fui de caso pensado!”

Em novembro de 1968, tendo concluído o curso e, já em casa, Fortes iniciou a trajetória de engenheiro eletricista nas Centrais Elétricas do Amazonas S/A (Celetramazon). Em junho seguinte assumiu a Diretoria Técnica permanecendo até 1979.

“Foi uma lição de vida, pois chegava de balsa às cidades do interior levando prego, ferro, tijolo e equipamentos. As viagens duravam semanas. Em dez anos, foram implantadas 65 usinas térmicas.” 

Em 1969 abriu uma nova frente de trabalho. Estreou a vida docente na recém-criada Faculdade de Engenharia da Universidade do Amazonas. “Poder transmitir tudo que aprendi na graduação e na minha vida profissional foi maravilhoso, e isso durou 32 anos.”

Na década de 1970, Fortes militou pela valorização dos engenheiros. “Participava ativamente com colegas da criação de associações de classe e sindicatos. Era um pequeno grupo de jovens muito participativo, lutando pelos profissionais do Norte. Foi quando conseguimos a instalação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da 20ª Região, com sede em Manaus.” 

Depois disso, foi eleito para representar os profissionais do Amazonas e Roraima no Conselho Federal, que funcionava no Rio de Janeiro. “No Confea era conhecido como ‘benjamim’, por ser o mais jovem. Foi incrível, apesar de ser uma vida atribulada, pois era conselheiro, diretor de empresa de energia e professor.” 
Em 1979, Fortes seguiu como conselheiro no Crea por quatro mandatos, chegando a ocupar a cadeira de vice-presidente em 1999. 

Passados 25 anos, desde a primeira vez que foi conselheiro federal, Fortes retornou ao Confea. Desta vez, na nova sede, em Brasília (DF). Com mais experiência, assumiu a Comissão de Controle do Sistema (CCS), à frente da qual levantou bandeira em prol dos Creas pequenos, como os do Amapá, Acre, Roraima e Tocantins. "Realizamos controle econômico e financeiro, e executamos projeto de recuperação dos Creas que estavam em dificuldades."

Reconhecer esse engajamento classista do engenheiro eletricista Almir Fortes em 2018 é mais do que entregar a Medalha do Mérito, é comemorar com ele meio século de conquistas. “Estou completando 50 anos de casado, de formação em Engenharia Elétrica e de registrado no Crea".

"A minha família e a Engenharia sempre foram a razão da minha vida. O restante foi consequência. Estou feliz!” 


Trajetória Profissional
Na Celetramazon, foi engenheiro (1968) e diretor técnico (1969-1979); Na Faculdade de Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas – Ufam, foi professor titular (1969-2000), Chefe do Departamento de Mecânica (1976-1978) e do Departamento de Eletricidade (1980-1982) e coordenou a implantação do Curso de Engenharia Elétrica na universidade (1981); Consultor técnico e projetista da Grancitel Comércio e Indústria Ltda. em Manaus (1969-1982); Conselheiro no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Confea representante do Crea-AM/RR (1975-1978 e 2000-2002); Conselheiro fiscal das Centrais Elétricas Brasileiras S/A – Eletrobras, no Rio de Janeiro (1978); Conselheiro no Crea AM/RR (1979-1982, 1990-1993, 1995-1997 e 1998-1999); Vice-presidente do Crea AM/RR (1998 e 1999); Coordenador-geral dos Estudos de Aproveitamentos de Usinas de Baixas Quedas, em Manaus (1978-1979); Coordenador-geral da Implantação das Usinas de Baixas Quedas de Humaitá e Eirunepé (AM) (1980); Chefe da Assessoria de Planejamento da Celetramazon (1980-1981); Diretor Regional no Amazonas da Associação dos Diplomados da Universidade Federal de Itajubá (desde 1981); Diretor de Energia na Secretaria de Energia, Habitação e Saneamento Básico do Estado do Amazonas (1981-1982); Condecorado com o Escudo de Prata pelo Ministério das Minas e Energia (1882); Diretor de Obras da Solo Planejamento e Construção Ltda. em Manaus (1983-1985); Membro titular do Conselho Deliberativo do Núcleo de Estudos de Produtividade e Qualidade Empresarial – Ufam (1993-1995); Corretor de imóveis (desde 1993); Membro da Comissão de Desenvolvimento Urbano do Estado do Amazonas (1999); Coordenador da Comissão de Controle do Sistema no Confea (2000-2002); Membro titular do Grupo de Trabalho de Planejamento Estratégico do Confea (2001-2002); Atualmente é sócio titular da Fortes Engenharia e Construções Ltda.