Engenheiro Agrônomo pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp/Ilha Solteira), em 2001; Mestre (2003) e doutor em Produção Vegetal (2006), pela Unesp/Jaboticabal; Pós-doutor em Engenharia de Biossistemas pela Universidade de São Paulo (USP), em 2013
Nascimento: Americana (SP), 24 de junho de 1976
Indicação: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea-MS)
Foi do avô que Adriano Lopes ouviu as primeiras referências sobre Agronomia. “Ele falava muito de um ‘doutor’ que dava assistência técnica na fazenda dele, onde eu passava todas as férias escolares”, lembra, ao comentar que desde a adolescência gostava de admirar as propriedades rurais no interior de São Paulo.
Aos 19 anos, atuava como técnico em Mecânica na linha de produção de um fábrica de caixa de som em Nova Odessa (SP), quando foi aprovado na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Com recursos providos pelo pai, Lopes seguiu rumo à Ilha Solteira (SP) para viver o sonho, que era de toda a família.
No campus, conseguiu alojamento e trabalhou no restaurante universitário até conquistar bolsa de estudos.
Nessa fase, o professor de Irrigação, engenheiro agrônomo Fernando Braz Tangerino Hernandez, colocou o aluno em contato com a profissão, mostrando outras possibilidades além da assistência técnica. Lopes laborou na pesquisa de irrigação em pupunha da área experimental da faculdade e iniciou estudos científicos, por incentivo do mestre. A dedicação garantiu ao aprendiz ser bolsista pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) a partir do terceiro ano, deixando para trás as tarefas do refeitório.
Começava ali a trajetória no ramo da irrigação, focada na gestão racional de recursos hídricos e no aumento da produtividade agrícola. Formado engenheiro agrônomo, Lopes prosseguiu na Unesp, cursando mestrado, desta vez em Jaboticabal (SP). O doutorado veio na sequência, acompanhado do primeiro lugar no concurso para professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Novamente teve suporte da família, que ganhava um novo núcleo com esposa e filhos. Foi também com apoio do professor e doutor em Irrigação e Drenagem Luiz Carlos Pavani que concluiu a tese na Unesp, ao mesmo tempo em que estreava na carreira de docente, no campus de Aquidauana (MS).
A especialização deu base para Lopes lecionar Hidráulica e Irrigação nos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal. Mas são o carisma e a dedicação que desde o início marcaram as aulas do professor, que sabe o nome de cada um dos alunos já na segunda semana de aula, valoriza aqueles que vão bem e motiva os que têm dificuldade na aprendizagem.
“Para eles [os alunos], conto minha história e tento abrir portas, assim como os mestres me deram oportunidades. Essa é minha missão.”
Indicado à premiação do Sistema Confea/Crea pela Câmara Especializada de Agronomia do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul, Lopes agradece a todos os que participam de sua trajetória. “Devo tudo isso à minha profissão; sou agradecido ao empenho dos meus pais e irmãos. Sou abençoado com minha mulher e três filhos; e privilegiado por ter meus alunos e colegas de trabalho no dia a dia. Sinto orgulho em levar o nome da UEMS, de Mato Grosso do Sul e Aquidauana”, ressalta o professor que nesses 17 anos de profissão formou mais de 800 engenheiros, contribuindo, assim, para o desenvolvimento do estado onde escolheu viver.
Trajetória profissional
Professor associado da UEMS (2004-atual); Coordenador do curso de Agronomia (2008-2009) e do programa de pós-graduação em Agronomia (2015-2016); Possui mais de 100 publicações, sendo a grande maioria versando sobre os efeitos do manejo da irrigação nos sistemas produtivos; Participou de mais de 200 bancas de avaliações (trabalhos de conclusão de curso, monografias, qualificações e defesas de mestrado e doutorado); Orientador em aproximadamente 150 atividades (iniciação científica, trabalho de conclusão de curso, monografia, dissertações e teses); Gestor de ciência e tecnologia, colaborou e coordenou projetos ligados a agências estaduais e nacionais, além de elaborar pareceres e prestar consultoria científica para agências de fomento, universidades e revistas especializadas, sendo editor assistente de algumas; Professor homenageado por 12 turmas de formandos.